São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997 |
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Obra é resultado de caldeirão de influências
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Se Sherazade fosse citar todas as influências recebidas por João Bosco para elaborar seu "As Mil e Uma Aldeias", o sultão Chahriar ficaria outras mil e uma noites acordado. No release escrito para a imprensa, Francisco Bosco lista algumas delas. Na entrevista à Folha, amontoa outras tantas. Suas citações abarcam o poeta inglês Samuel Taylor Coleridge e a cantora Clementina de Jesus, o escritor Jorge Luis Borges e o compositor espanhol Manuel de Falla, o cantor paquistanês Nusrat Fateh Ali Khan e o compositor Johann Sebastian Bach, o sociólogo Muniz Sodré e o cineasta David Lynch. Entre outros tantos. Um exemplo: "Voar feito pavão/ Ou carcará/ Tanto se dá/ Virar mundo às avessas com lances de olhar/ Só Pra dizer/ Que prazer/ Hoje as Nuvens/ Fazem teatro no céu/ Pra mim", diz a última estrofe de "Prisma Noir". E o que diz Francisco? "No que concerne a letra, o cromatismo negro-escarlate do poeta francês Charles Baudelaire soma-se às fulgurantes imagens surrealistas para formar um olhar muito peculiar." Entre tantas citações, cabe espaço para falar de si mesmo. "Do ponto de vista poético, a parceria veio somar as imagens refinadas de Francisco à notória sonoridade das letras de João", escreve o próprio Francisco. (LAR) Texto Anterior: CD parece tapete mágico que não voa Próximo Texto: Músico reúne frações de Pernambuco Índice |
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