São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 1997
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AL tem maior crescimento em 25 anos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A economia da América Latina registrou em 1997 o maior nível de crescimento dos últimos 25 anos.
A inflação chegou ao nível mais baixo em meio século, apesar dos prováveis efeitos da crise asiática na economia da região, afirma a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal).
O aumento médio do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país) na região foi de 5,5%, diz balanço anual preliminar divulgado pelo Cepal.
Todos os países da região registraram aumentos no PIB. Entre os que alcançaram maior crescimento, estão a Argentina, com 8%, e cinco que tiveram níveis superiores a 6% -Chile, México, Peru, República Dominicana e Uruguai.
A expansão latino-americana foi favorecida pelo aumento expressivo de investimentos externos, que chegaram à cifra sem precedentes de "ao menos US$ 73 bilhões", segundo o Cepal.
A inflação regional, que em 1993 era de 888%, sofreu reduções nos anos seguintes até chegar em 1997 a 11%, o nível mais baixo em cinco décadas.
A Venezuela reduziu o ritmo inflacionário, de 103% para 38%, mas se mantém como o país com nível mais alto da América Latina.
O desemprego nas cidades latino-americanas, que em 1996 era de 7,7%, caiu para 7,5%, nível ainda considerado alto.
A crise dos países do Sudeste Asiático prejudicará o nível de atividade econômica da América Latina em 1998, diz o Cepal.
"É inegável que a crise asiática vai nos afetar direta ou indiretamente", disse o secretário-executivo do Cepal, Gert Rosenthal.
Rosenthal disse que era improvável que o crescimento registrado em 1997 se mantivesse no próximo ano devido à instabilidade dos mercados asiáticos.
Apesar disso, ele afirmou que os países latino-americanos "estão mais preparados para enfrentar os desafios do futuro".
Rosenthal disse que continuam problemas como o alto desemprego e as diferenças sociais. Ele afirmou que o Estado deve assumir papel mais ativo para alcançar um "desenvolvimento com igualdade".

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