São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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Motoristas ignoram proibição

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A maioria dos caminhoneiros retidos pela Polícia Rodoviária dizia desconhecer a proibição de circulação. Não havia faixas da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A, estatal administradora do sistema) em nenhum ponto das rodovias informando sobre o horário da proibição.
Aparecido Pires de Oliveira estava em Santos havia quatro dias, vindo de Cuiabá (MT), de onde trouxe contêineres. Ele ia a São Paulo, onde iria fazer novo carregamento de contêineres, para levá-los para Varginha (MG).
"Estou há 15 dias fora de casa e não sabia dessa proibição. Fiquei quatro dias no porto e tinha de chegar a São Paulo até as 19h."
José Gilberto de Souza disse ter recebido um folheto da Dersa, mas disse que não leu. "A gente sempre pega um monte de papel no pedágio, mas motorista não tempo de ler nada, não", disse.
Ele chegou na manhã de ontem a Santos, vindo de Belo Horizonte (MG), trazendo contêineres vazios. No momento em que foi impedido de subir a serra, ia buscar em São Caetano uma carga de tijolos refratários que iria levar a Sorocaba. "Tinha de estar lá às 17h."
Celso Donizete de Oliveira viajava para Cajamar (SP) transportando um carregamento de soda cáustica. Com a proibição de subida, ele dizia não ter onde deixar a carreta que dirigia. José Nicodemus de Souza foi impedido de prosseguir viagem para São Paulo às 15h15 e decidiu voltar à garagem da transportadora, em Cubatão.

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