São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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'Preço estava muito baixo'

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do Clube de Engenharia, Agostinho Guerreiro, afirmou ontem que o resultado do leilão da concessão para operar o metrô, com ágio de 921,21% sobre o preço mínimo, mostra que a entidade estava certa ao exigir acesso aos dados que originaram o valor fixado pelo Estado.
"Ágio é parte do processo, mas que seja de quase 1.000% é uma coisa comprometedora", disse.
O Clube de Engenharia entrou na Justiça exigindo acesso aos números da empresa e que sejam submetidos a perícia. A entidade também pediu a concessão de medida liminar suspendendo o leilão, mas a Justiça rejeitou o pedido.
"Ficou claro que o preço estava muito baixo", disse Guerreiro. Ele lembrou ainda que o preço da concessão, no pré-edital, era de R$ 15 milhões. Para Guerreiro, foi a pressão do clube que levou o Estado a elevar o preço mínimo para R$ 28,56 milhões.
O presidente do Sindicato dos Metroviários, Evandro Lima, diz que o preço pago é uma prova de que o valor era baixo. "Ou o Estado foi irresponsável ou a empresa que comprou é maluca."

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