São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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FMI pede à Coréia "harmonia política"

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Michel Camdessus, pediu ontem que as forças políticas sul-coreanas realizem uma "transição em harmonia". Segundo ele, tanto a economia, quanto o povo sul-coreano "sairiam ganhando".
O candidato de oposição Kim Dae Jung venceu esta semana as eleições presidenciais no país. Investidores temem que Kim não aceite cumprir o acordo firmado entre o governo atual e o FMI.
O FMI liberou ontem US$ 3,5 bilhões para a Coréia do Sul, que já havia recebido US$ 5,5 bilhões no começo de dezembro.
O socorro financeiro à Coréia do Sul será de ao menos US$ 57 bilhões. O FMI contribuirá com um total de US$ 21 bilhões.
O desembolso dos US$ 3,5 bilhões foi realizado por meio de uma nova modalidade de empréstimo criada pelo FMI na última quarta-feira.
A Coréia do Sul vai receber recursos mais rapidamente, porém pagará juros mais altos e terá de reembolsar o fundo internacional em um prazo menor.
Camdessus afirmou que estava satisfeito com a maneira com que as autoridades sul-coreanas desenvolveram o programa de reformas exigido pelo FMI.
"A taxa de juros subiu, o won flutua livremente, foram tomadas importantes medidas no plano fiscal e há planos para reestruturar o setor financeiro", afirmou Camdessus.
O diretor-gerente do FMI disse que uma crise dessa amplitude não havia sido prevista, apesar de estudos da instituição divulgados em julho terem apontado problemas como o déficit em conta corrente e a falta de abertura do mercado à participação externa.
A Coréia deve receber mais US$ 2 bilhões do FMI no próximo dia 8 de janeiro.

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