São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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Atletas usam aditivos químicos

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de treinos, os palmeirenses recebem aditivos químicos como suplemento alimentar para aumentar a performance em campo.
Cada jogador recebe quatro doses diárias de creatina. A substância aumenta a resistência muscular, segundo Ivan Piçarro, do departamento de fisiologia do clube.
O "programa de reforço muscular" com creatina, arquitetado para as semifinais e finais do Brasileiro, custou R$ 5.000.
Além de creatina, os jogadores recebem outras substâncias: BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada), potássio, magnésio, vitamina C, betacaroteno, antioxidantes e hidratantes.
Piçarro afirma que os atletas não correm nenhum tipo de perigo de doping por causa dessa "suplementação alimentar".
Segundo ele, as substâncias usadas pelos atletas são livres, podendo ser encontradas em qualquer farmácia. Além disso, as fórmulas são elaboradas pelos próprios fisiologistas, e o composto sintetizado num laboratório de confiança.
Mesmo mostrando certa resistência inicial ao "coquetel" químico, os atletas acabaram aceitando a suplementação alimentar.
O meia Galeano afirma que sente menos dores musculares após os treinos. "Isso é bom, principalmente no final de temporada."
Segundo goleiro Velloso, as lesões musculares diminuíram. "A recuperação é mais rápida."
O técnico Luiz Felipe Scolari diz que, com a aplicação de creatina, pode exigir mais dos atletas.

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