São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997 |
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Ronaldinho sente que tudo está 'azul'
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
(JCA) * Pergunta - No primeiro tempo, você perdeu dois gols. No segundo, enfim marcou. A conversa com o Zagallo te ajudou? Ronaldinho - Tudo ajuda. A conversa foi uma coisa a mais. Entrei disposto a fazer uma grande partida, quase marquei no primeiro tempo, bati as duas vezes consciente na bola, mas ela não entrou. Fiquei feliz por ter acertado no segundo tempo. Foi um alívio marcar o gol. Agora, a coisa está azul. Depois do primeiro, tudo fica mais fácil. Pergunta - Os jogadores não estão gostando da Arábia Saudita, todo mundo está reclamando que não tem o que fazer, vocês nem descem para o saguão do hotel. O tédio está atrapalhando a seleção? Ronaldinho - Eu passo o maior tempo dentro do quarto mesmo, falando no telefone. Estou gastando uma fortuna com ligações, mas a gente vai matando a saudade. Pergunta - Após suas primeiras atuações, ficou com medo de perder a posição de titular? Ronaldinho - Com medo não, porque acontece de um dia você jogar mal. O problema são as cobranças. Não vou dizer que elas não incomodam, porque incomodam sim. Não estou triste, não briguei com a namorada, como estão especulando. Está tudo bem. Pergunta - O que você acha de enfrentar a Austrália na final? Ronaldinho - Preferia o Uruguai, mas tudo bem. Os uruguaios jogam mais para a frente, seria um jogo mais bonito. A Austrália vai ficar novamente lá atrás, procurando um contra-ataque ou outro, e não é que isso dificulte, mas deve acabar transformando a final num jogo feio, de um time só. Texto Anterior: Adversário na final dá sono em Zagallo Próximo Texto: Seleção mina a 18ª rodada do Espanhol Índice |
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