São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997 |
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'5 estrelas' não ficaram impróprias em 97 NOELLY RUSSO NOELLY RUSSO; PRISCILA LAMBERT
É que 1997 foi considerado atípico segundo as medições feitas pela Cetesb (Companhia da Tecnologia de Saneamento Ambiental). O El Niño (aquecimento das águas do Pacífico que interfere no clima do mundo) é um dos responsáveis pela melhora. "Choveu menos e, por isso, o sistema de saneamento básico ficou menos sobrecarregado, não transbordou e o esgoto não acabou na praia", diz Geraldo Amaral, chefe do Departamento de Recursos Hídricos da Cetesb. Outro fator importante para a "saúde" das águas são investimentos em saneamento básico. "Obras de tratamento de esgoto, construção de canais, entre outras, têm ajudado a garantir praias melhores. Algumas obras são desenvolvidas por municípios, pelo Estado ou por associações de bairro. O que foi feito já mostra efeito benéfico." Mas, segundo Amaral, não se podem tirar conclusões precipitadas. "Até agora a situação foi positiva. Mas o resultado das medições de dezembro são fundamentais para uma análise definitiva." A má notícia é que, com o verão, aumenta o número de turistas, as chuvas são mais constantes e a situação pode mudar. "A rede de esgoto não dá conta, os córregos transbordam e a sujeira acaba na água do mar." Com isso, justamente nas férias o turista pode dar de cara com bandeiras de "imprópria para banho" em praias que estiveram limpas durante o ano todo. As 5 estrelas Baseado em dois relatórios da Cetesb, a Folha aponta as praias mais limpas do litoral para o verão (veja quadro acima). Um deles mostra o histórico de qualidade das praias de 1987 a 1996. Os conceitos vão de má a ótima, dependendo da concentração de coliformes fecais encontrados na água. O outro relaciona a porcentagem de vezes que as praias estiveram próprias ou impróprias até novembro deste ano. Para ser considerada cinco estrelas, a praia precisou ter conceito ótimo em 96 e não ter sido considerada imprópria nenhuma vez este ano. Foram 13 as escolhidas. "Estamos falando em tendências. Não é possível prever se esses locais vão se manter excelentes." Além de torcer, o turista pode produzir menos lixo, cobrar obras de saneamento das autoridades e rezar para que os deuses da chuva dêem o ar da graça só em março. Próximo Texto: SANTA RITA Índice |
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