São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Paulistano faz 'delivery' de gente
DA REPORTAGEM LOCAL Para evitar os estacionamentos lotados e os congestionamentos nas entradas dos shoppings e ruas comerciais da cidade, muitos paulistanos que deixaram as compras da Natal para a última hora estão fazendo a "entrega" (delivery, em inglês) de familiares."É um delivery de pessoas. Deixei minha filha no West Plaza (no Sumaré) e minha mulher na rua João Cachoeira (no Itaim). Assim, não passo sufoco para estacionar", diz o arquiteto Jânio da Motta, 39. Ele fez o delivery na hora do almoço, foi para casa trabalhar no computador e voltou para buscá-las duas horas depois. "Tento evitar situações estressantes. Se tivesse de parar o carro, ia perder no mínimo quatro horas em todo o percurso", diz Motta. Já a dona-de-casa Francisca Larinelli, 54, que fez o delivery das três filhas no Iguatemi (em Pinheiros) para comprarem os presentes de amigo-secreto da escola, aproveitou o tempo de folga para assistir a um filme de vídeo em casa. "Não tenho saco para ficar esperando vaga em estacionamento. As meninas fazem as compras e depois eu vou buscá-las", afirma. Muitas pessoas que resolveram enfrentar as filas disseram ter se arrependido. "Nunca mais vou deixar para fazer as compras na véspera do Natal. Fica tudo uma loucura e as lojas cheias e só com os produtos que encalharam. Parece até a xepa da feira", diz a advogada Fernanda Vasconcelos, 41. "Só vim porque minha filha insistiu muito, mas foi a última vez." Texto Anterior: Trânsito faz Dersa adotar 4x3 emergencial Próximo Texto: Obras do rodoanel começam em abril Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |