São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 1997
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Adeptos de esportes radicais apostam no calor da estação

DA REPORTAGEM LOCAL

Saltar de pára-quedas, esquiar e velejar são atividades que se tornam mais rentáveis no verão, quando aumenta a procura por essas modalidades esportivas.
Ricardo Pequená, 37, da escola de pára-quedismo Azul do Vento, de Campinas, chama um ou dois instrutores extras por temporada.
Marcos Padilha, 28, executivo de contas da diretoria do Unibanco, diz que aproveita o verão para tirar férias e transformar seu hobby em atividade rentável: vira instrutor na escola Azul do Vento.
"Sou apaixonado por pára-quedismo. Até já fiz curso nos Estados Unidos. Mas é só no verão que aparece trabalho", afirma.
Nesta época do ano, segundo ele, é possível ganhar cerca de R$ 1.750 por mês. Por salto, o instrutor recebe cerca de R$ 35. "É uma pena que nos outros meses não tenha trabalho, senão eu era até capaz de me dedicar só a isso."
Na água
Para Bernard Anton Fuldauer, 24, instrutor de esqui aquático, o verão também traz mais ganhos. Ele conta que nesta época ganha cerca de R$ 1.500 na sua escola, a Performance, de São Paulo. No resto do ano, vê o dinheiro cair pela metade.
"O brasileiro cisma que o país é de clima temperado e acha que só pode praticar esporte aquático no verão." Ele não contrata instrutores temporários.
Paula Buccolo Garcia, 32, instrutora de vela da escola Dick Sail, também de São Paulo, concorda com Fuldauer que o verão é a estação mais "feliz" para o trabalho. Mas, ainda assim, não é necessário recrutar extras. O instrutor ganha cerca de R$ 500 mensais.

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