São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 1997![]() |
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Os melhores do ano
JUCA KFOURI Se a última impressão é a que fica, o Vasco e Romário são os grandes vencedores deste ano da graça de 1997.Só que, ainda mais que o Baixinho, fez Ronaldinho neste ano em que recebeu a coroa de melhor do mundo e se habilitou a bisar a façanha na nova escolha, em janeiro. E, mais que o Vasco, fez o Cruzeiro, campeão da Libertadores, o título mais importante do ano para o futebol brasileiro, razão pela qual, também, Paulo Autuori merece as honras de técnico da temporada -ainda mais se somarmos seu desempenho à frente do Flamengo. André, do Inter, brilhou como goleiro, embora, cá entre nós, vencedor mesmo foi Carlos Germano, que vestiu a camisa 1 do Vasco só no fim do Campeonato Brasileiro, mas o suficiente para garantir o tri cruz-maltino. Nas laterais, apareceram Zé Carlos, do São Paulo, e Dedê, do Galo, duas promessas. No miolo, Júnior Baiano se firmou definitivamente, e Mauro Galvão extrapolou. Júlio César, do Borussia Dortmund, não ficou atrás. Dunga é cada vez mais o capitão, e César Sampaio atropelou para garantir seu lugar no meio-campo recuado da seleção. Entre os avançados, há mais dúvidas que certezas, exceção feita a Denílson, que nasceu para vestir a amarelinha. Da dupla Ro-Ro não é preciso dizer mais nada, principalmente depois que Edmundo fez o suficiente para estar na relação dos melhores e dos piores do ano. Fora de campo, Pelé, mais uma vez, merece todos os destaques em sua luta, ainda não vencida, para modernizar e moralizar o bagunçado esporte brasileiro. Entre os piores estão todos aqueles em quem você está pensando, agora acompanhados por um novo tipo de nojeira que paulatinamente surgiu durante o ano -a dos jornalistas que atrás da notoriedade fácil passaram a fazer o elogio da imoralidade e dos mais diversos desatinos. Paradoxalmente, em São Paulo, cujo futebol não tem maiores motivos de orgulho em 1997, o Corinthians também merece figurar entre os melhores e os piores do ano. Foi o melhor dos paulistas, afinal o campeão estadual pela 22ª vez num ano em que nenhum dos outros grandes ganhou coisa alguma, mas quase caiu para a segunda divisão nacional. Ano de Guga, o campeão de Roland Garros e, como esquecer, de Mike Tyson, o mordedor de orelhas. Texto Anterior: As melhores; Os melhores; A pior Próximo Texto: Pesquisa diz que descida é 'perigo' maior que subida Índice |
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