São Paulo, terça-feira, 30 de dezembro de 1997 |
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Sindicato volta a se reunir com Volks
CLAUDIA VARELLA
Até as 18h de ontem, a reunião, que acontecia na unidade da Volks em São Bernardo (Grande São Paulo), não havia terminado. Duas alternativas já foram fechadas: a abertura do programa de demissões voluntárias e a ampliação do banco de horas, sem redução salarial. Para o diretor de recursos humanos da Volks, Fernando Tadeu Perez, 43, as duas propostas juntas resolvem a "metade" do problema, ou seja, representam economia de R$ 100 milhões. Perez ressalta, no entanto, que o programa de demissões voluntárias e a ampliação do banco de horas -principal proposta apresentada pelo sindicato- "por si só" não resolvem o problema. O acordo final só deverá ser fechado após o dia 9, quando termina o programa de demissões voluntárias. Sindicato e montadora esperam o balanço da adesão para avaliar o sucesso do programa. A expectativa é que a adesão atinja de 5% a 10% -de 1.575 a 3.150 pessoas. O programa foi aberto para todos os 31,5 mil metalúrgicos da Volks no país. Segundo a empresa, até as 13h de ontem, 1.200 funcionários de todas as unidades mostraram interesse em aderir ao programa. Foram confirmadas 300 adesões. Além do programa e da ampliação do banco de horas, uma terceira alternativa é a possível redução de benefícios. O sindicato não quer abrir mão do pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) em 98. "Temos um conjunto de ações que estamos discutindo. A expectativa hoje (ontem) é dar mais um passo para que, até o dia 9, a gente consiga construir uma proposta que seja capaz de resolver o problema para não haver nenhuma demissão aqui, a não ser as voluntárias", disse o presidente do sindicato, Luiz Marinho, 38, momentos antes da reunião. A Volks havia proposto não pagar nada de PLR em 98, idéia já rejeitada pelo sindicato. Mas a redução de outros benefícios, como a do subsídio à assistência médica, do adicional noturno e das horas extras, estão em negociação. A Volks apresentou ainda a proposta de suspender o pagamento do abono pecuniário -o funcionário vende dez dias de suas férias. Segundo Perez, a economia com a suspensão seria de R$ 16 milhões por ano. Hoje, a folha é de R$ 1,1 bilhão por ano. Com os benefícios, passa para R$ 1,3 bilhão por ano. LEIA MAIS sobre trabalho na pág. 2-13 Texto Anterior: Isentos também vão prestar contas Próximo Texto: Sindicato volta a se reunir com Volks Índice |
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