São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 1997
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Bovespa vai no rastro de NY e sobe 1,43%

DA REPORTAGEM LOCAL

O último dia de operações da Bolsa de Valores de São Paulo em 97 foi marcado pela influência do mercado nova-iorquino, que mais uma vez serviu de guia para os investidores locais. No fechamento, o Ibovespa registrava valorização de 1,43% no dia, acumulando alta de 44,8% no ano, em primeiro lugar no ranking dos investimentos.
O volume negociado ontem, no entanto, foi mais uma vez fraco, totalizando R$ 507 milhões. No início de dezembro, esse número andou na casa dos R$ 800 milhões, chegando nos melhores dias a superar o R$ 1 bilhão.
Em Nova York, a Bolsa de Valores fechou com alta de 1,59%. Foi o terceiro dia consecutivo de otimismo no principal mercado de ações do mundo.
Lá o principal combustível foi a avaliação de que os credores internacionais irão renegociar os créditos das empresas e instituições da Coréia do Sul, evitando assim que o país seja obrigado a declarar moratória.
Além da Ásia, a divulgação de um índice que reflete a confiança dos consumidores também serviu para animar os investidores do mercado nova-iorquino.
Segundo esse índice, a confiança dos investidores nos rumos da economia norte-americana é a mais alta já registrada nas últimas três décadas.
Segundo analistas do mercado norte-americano, ainda não é possível afirmar que a crise asiática está definitivamente superada, mas para alguns a melhora da confiança dos consumidores pode indicar que os efeitos sobre a economia norte-americana poderão não ser tão grandes quanto parecia algumas semanas atrás.
Mercado futuro
As cotações do dólar negociado no mercado futuro fecharam em alta ontem. No caso dos contratos com vencimento no primeiro dia útil de fevereiro, por exemplo, a alta foi de 0,17%, projetando uma correção cambial de 1,27% para janeiro. Segundo operadores, no entanto, o volume de negócios foi bastante reduzido -no final do dia, o total de contratos negociados ficou próximo de 30 mil.
O Banco Central realizou ontem um leilão de títulos cambiais, cujo rendimento paga a variação do dólar mais uma taxa de juros. Os papéis, com prazo de vencimento de três anos, saiu por uma taxa de 14,74% ao ano.

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