São Paulo, sábado, 1 de fevereiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Lampreia vê problema com proteção ao NE
CLÓVIS ROSSI
Essa iniciativa é a mais recente no controvertido pacote de estímulos fiscais às montadoras instaladas no Brasil. Países como EUA e blocos como a União Européia já se queixaram da primeira fase do regime automotivo, que eleva para 70% o Imposto de Importação de veículos e estabelece cotas para montadoras que não têm fábricas no Brasil. Lampreia garante que o regime de cotas será mantido pelo prazo originalmente previsto (um ano, ou seja, até junho próximo). Mas diz também que as cotas "não são pétreas", podendo ser modificadas ao fim desse prazo. O regime, em si, continua do mesmo jeito que está até 1999, sob a alegação de que é um grande êxito, dado os investimentos feitos pelas montadoras já instaladas e as promessas das não-instaladas. Quanto ao sistema para o Nordeste/Norte/Centro-Oeste, o chanceler acha que, apesar de mais complicado, é justificável. "As regras da OMC prevêem subsídios para regiões mais atrasadas", diz. A UE (União Européia), por seu ministro do Comércio, sir Leon Brittan, queixou-se a Lampreia das cotas durante encontro em Cingapura, quando o ministro chefiava a delegação brasileira à Conferência Ministerial da OMC. Já naquele momento, o governo brasileiro acenava com uma alteração nas cotas, desde que a UE não pedisse a instalação de um "panel", comitê de peritos que julga se determinadas políticas nacionais seguem ou não as regras da OMC. Se pedisse, o Brasil retaliaria suspendendo as cotas. "Não estamos querendo brigar com nossos principais parceiros comerciais", diz Lampreia. (CR) Texto Anterior: 'Povo não viu benefício', admitem liberais Próximo Texto: Japão passa de modelo a ameaça Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |