São Paulo, sábado, 1 de fevereiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Após ver Emerson pela TV, novato o substitui na Indy

Dario Franchitti, 23, corre pela primeira vez na categoria

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A HOMESTEAD

O piloto Dario Franchitti, 23, ainda é um desconhecido na Indy.
Único escocês na categoria, anda em meio a outros pilotos sem ser reconhecido e raramente é requisitado para entrevistas.
Para compensar a falta de experiência em ovais, tipo de pista que também só conheceu nesta semana, Franchitti foi o piloto que mais treinou nestes dois primeiros dias do "spring training" que a Indy realiza na Flórida (sul dos EUA).
Só nas duas primeiras sessões de testes -quinta-feira e ontem pela manhã-, rodou 350 quilômetros.
No ano passado, Franchitti foi o quarto colocado no campeonato de ITC, categoria de carros esportivos da FIA. Entre 1991 e 1993, competiu na Fórmula Vauxhall.
Apesar da falta de conhecimento, o público brasileiro, no entanto, o vê de uma maneira diferente. Franchitti é o substituto de Emerson Fittipaldi na equipe Hogan.
*
Folha - Como é para você substituir Emerson Fittipaldi?
Dario Franchitti - Ainda não parei para pensar nisso. Ele é um piloto fantástico.
O Carl Hogan (dono da equipe) chamou um jovem como eu para o lugar de um dos mais experientes pilotos do mundo e também terá dificuldades para administrar essa diferença.
Folha - Você já encontrou com o Emerson?
Franchitti - Depois que cheguei aqui, ainda não. Já havia falado com ele algumas vezes, a última em um encontro da Mercedes-Benz em Sttutgart, na Alemanha (Franchitti é um dos cinco pilotos que usarão motores da Mercedes neste ano).
É uma pessoa genial. Quando era adolescente, assisti algumas reprises das corridas dele na F-1.
Folha - Você nunca havia pilotado em circuito oval. Será sua maior dificuldade neste ano?
Franchitti - Certamente. Já me falaram da turbulência nesse tipo de circuito, mas os outros pilotos têm procurado me ajudar.
Cheguei a Homestead na segunda-feira e já dei 20 voltas, mas procurei não acelerar muito.
Folha - O que o atraiu para a Indy?
Franchitti - É uma das categorias mais competitivas, ao lado da F-1. O lugar para onde todos estão vindo. Vou ter de me adaptar porque os carros são muito diferentes aos que eu estava acostumado. Na Indy, os carros são mais pesados.

O jornalista Fábio Seixas viaja a convite da Brahma

Texto Anterior: Só inveja...
Próximo Texto: Jimmy Vasser continua sendo o mais rápido
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.