São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Cervejarias devem faturar R$ 10 bi

FÁTIMA FERNANDES; DANIELA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado brasileiro de cervejas deve chegar a R$ 10 bilhões neste ano, com a venda de 9 bilhões de litros -aumento de 6% a 7% sobre os números de 1996.
"Os preços estão estáveis. Por isso há mais consumo", diz Carlos Eduardo Jardim, vice-presidente do Sindicato Nacional da Cerveja (Sindicerv) e da Cervejarias Kaiser.
A Kaiser, conta ele, prevê para o Carnaval venda de 80 milhões a 100 milhões de litros -25% maior do que a registrada em igual período do ano passado. O faturamento nesses dias deve ser de R$ 18 milhões a R$ 20 milhões.
Segundo ele, a venda de cerveja pode aumentar ainda mais se as chuvas pararem. "Tudo indica que o Carnaval será excelente."
Ele diz que não há possibilidade de faltar o produto, o que tradicionalmente acontecia nesta época do ano. "E o folião pode brincar o Carnaval com o mesmo dinheiro do ano passado."
A Kaiser, conta ele, fechou 1996 com produção 20% maior do que a de 1995 -o salto foi de 1,10 bilhão para 1,32 bilhão de litros. A previsão para este ano é chegar em 1,5 bilhão de litros.
A Antarctica é outra que não tem do que reclamar, só a comemorar. Só no Sul do Brasil, para surpresa da empresa, as vendas de cervejas neste mês cresceram 23% na comparação com janeiro de 1996, informa Sérgio Teixeira, diretor de marketing.
Para o período de Carnaval, de 8 a 16 de fevereiro, a previsão da empresa é faturar R$ 102 milhões com a venda de cervejas e R$ 43 milhões com a de refrigerantes no país. Esses R$ 145 milhões representam aumento de 11,5% sobre o valor faturado em igual período de 1996.
Em volume, a previsão de venda de cerveja durante o Carnaval é de 75 milhões de litros e de refrigerante, de 38 milhões de litros. Na cerveja, o aumento de venda sobre 1996 é de 1,35%. No refrigerante, de 5,6%.
A Brahma apenas informa que a previsão da empresa é que o mercado de cerveja vai crescer de 5% a 7% neste ano e que a Brahma vai superar esse números.
Bebidas destiladas As bebidas como vodka, uísque e cachaça não registram aumento significativo nas vendas durante o Carnaval, diz Fabrício Fasano, presidente da Abrab, que reúne indústrias de bebidas destiladas.
"A cerveja é a mais consumida, principalmente em cidades onde há carnaval de rua." O fato de bares e restaurantes estarem fechados nessa época também inibe as vendas, diz.
(FF e DFe)

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