São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997 |
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Argentina prepara um protesto
CLÓVIS ROSSI
O presidente Carlos Menem, aliás, já havia insinuado um protesto, tão logo foi anunciada a MP que contém tais regras. Só recuou para evitar problemas para a tramitação da emenda da reeleição no Brasil. O presidente Fernando Henrique Cardoso é tido, pelos argentinos, como um grande entusiasta do Mercosul, que, para a Argentina, se tornou vital. Graças às exportações para o Brasil, facilitadas pela tarifa zero decorrente dos acordos, o país recuperou o saldo comercial e um relativo dinamismo econômico. Mas a MP viola, acham os argentinos, os acordos do Mercosul. Por um motivo básico: estende os incentivos além do ano 2000, quando os quatro países do bloco se comprometeram a não dar tais estímulos depois dessa data. Para o governo argentino, a regra brasileira cria uma situação inaceitável: atrairá fatalmente investimentos que, sem ela, poderiam ir para o vizinho do Sul. O argumento é consistente: as empresas internacionais preferem instalar-se onde o mercado é mais apetitoso (caso do Brasil em comparação com a Argentina). Se, além dessa vantagem natural, o país ainda dá incentivos fiscais, a competição torna-se desleal. (CR) Texto Anterior: Republicano reconhece a liderança do Mercosul Próximo Texto: Olho na Porsche; Sinal verde; Data definida; Atrás do prejuízo; Custo elevado; Por atacado; Alvos prioritários; Só para ouvir; Debate internacional; Dando nota; Aperto monetário; Bola de cristal; Vagas abertas; Mercado fechado; Sindicato em baixa; Produção recorde; Para o interior Índice |
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