São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997 |
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Ganhe dinheiro com tricô e crochê Moda "ressuscita" modelos dos anos 60 e 70 SIMONE CAVALCANTI
A Folha traz modelos e receitas de peças de tricô e crochê, além de lojas que ministram cursos para quem está interessado em aprender a técnica do negócio (veja quadros ao lado e na próxima página). Essa nova mania foi relançada no início deste verão. As novas versões -uma lembrança aprimorada dos modelos que fizeram sucesso nas décadas de 60 e 70- já migraram da praia para a cidade. Com exceção dos biquínis, obviamente, tops, sacolas e saias em tricô e crochê estão cada vez mais presentes no dia-a-dia das cidades. A lojista Simone Pires, 30, começou a fazer biquínis de crochê para as amigas de trabalho. "Com a chegada do verão, a procura aumentou tanto que resolvi investir mais, e o negócio cresceu." Simone é dona de uma loja no Guarujá, litoral sul de São Paulo, onde expôs as peças pela primeira vez. "A cada dez peças vendidas, nove são de tricô ou crochê", afirma a empresária. Lilian Piovesan, 28, estilista, também apostou nessa moda. Há dois anos, aprendeu a fazer biquínis com uma amiga e começou a vendê-los sob encomenda. Ela apresentou seu projeto no Phytoervas Fashion com o desfile da sua coleção de crochê. "Hoje, tenho uma equipe de 70 crocheteiras que trabalham em casa. Elas chegam a ganhar R$ 500 por mês." Lilian acredita que essa moda voltou porque a mulher gosta de valorizar o corpo com muita sensualidade. "É isso que as peças feitas de crochê oferecem." "As pessoas sentem a necessidade de algo novo, mas o ciclo da moda não é rápido. Quando surgem novidades, a moda pega." Renato Shibucawa, 38, estilista e consultor de moda do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), concorda com Lilian. Para ele, o crochê é um elemento lúdico que valoriza as formas e a sensualidade do corpo. "O uso dessas peças causa muito rebuliço quando saem da almofada da vovó direto para as ruas", brinca. Artesanal O tipo de fio para confeccionar as peças não importa. Pode ser elanca, algodão, barbante ou sintético. Mas biquínis, tops, blusas e bolsas de crochê devem ser, obrigatoriamente, feitos à mão. As agulhas utilizadas devem ser específicas para cada ponto. A largura vai depender da linha e do acabamento pretendido. Já para modelos em tricô, é possível a confecção manual ou com máquinas. LEIA MAIS sobre tricô e crochê nas págs. 9-2 e 9-4 Próximo Texto: Adolescentes gostam da nova moda Índice |
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