São Paulo, segunda-feira, 3 de fevereiro de 1997
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Koff quer grupo atuante

HUMBERTO SACCOMANDI
DA REPORTAGEM LOCAL

Fábio Koff quer um Clube dos 13 mais atuante nas grandes questões do futebol brasileiro, que não se resuma a um almoço mensal.
Hoje, ele deve ser confirmado para outro ano como presidente da entidade, após reunião que deve mudar o estatuto.
Sem as atribuições de presidente do Grêmio, cargo que deixou em dezembro, ele espera se dedicar integralmente a uma nova fase do Clube dos 13.
Como fez no Grêmio, equipe brasileira de maior sucesso nos últimos anos, Koff pretende profissionalizar a administração do Clube dos 13. (HuSa)
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Folha - Quais as deficiências do Clube dos 13 hoje?
Koff - O Clube dos 13 tem atuação limitada. Ele não pode ter uma única reunião mensal, um almoço. É necessário uma contribuição maior da entidade. Ela precisa participar mais dos outros campeonatos, além do Brasileiro. Queremos ser um sujeito ativo no futebol.
Folha - Que mudanças o sr. proporia no Brasileiro?
Koff - O Brasileiro de 96, por exemplo, começou numa sexta-feira à noite, escondido. Isso não pode mais acontecer.
Mas não se pode pensar só num torneio. Não dá para um clube ter prejuízo em 60 das cerca de 80 partidas que faz por ano. O futebol não é só lazer. É um negócio, e dos grandes.
Folha - Que mudanças o sr. pretende fazer agora no Clube dos 13?
Koff - Os problemas dos clubes são comuns. Com uma espécie de secretaria executiva permanente fica mais fácil acompanhar todas as questões.
Só assim aceito continuar. Se é para ser presidente como fui nesses dois anos, não quero.
É frustrante realizar tão pouco. Agora, não há mais a desculpa de que o Grêmio me toma o tempo.
Folha - Essa secretaria poderia ter gerentes profissionais?
Koff - Sim, como fiz no Grêmio. Lá, temos profissionais cuidando de várias áreas do clube. Eles respondem ao presidente, um dirigente amador. Pagamos salários equivalentes aos de altos cargos do funcionalismo público gaúcho.
Folha - O Clube dos 13 perdeu força com o rebaixamento do Fluminense?
Koff - De certo modo, sim. O Clube é dos 13, mas são apenas 12 na primeira divisão do Brasileiro. Estamos 12 a 12.
E os grandes já não são tão grandes, assim como os pequenos não são tão pequenos.

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