São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997
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'Crime do motel' vai a júri depois de seis anos

DA REPORTAGEM LOCAL

O 1º Tribunal do Júri, na Vila Mariana, julga hoje Antonio de Oliveira Fidalgo, um dos acusados pelo assassinato de Cristiane Ferreira Lages, ocorrido em junho de 1991. Cristiane, que na época tinha 19 anos e era funcionária da Eletropaulo, foi morta um com tiro na nuca no interior de um motel da zona leste da cidade.
O assassinato ficou conhecido como o "crime do motel".
Outro acusado pela morte é o ex-policial militar Ricardo Magalhães. Ele foi afastado da corporação e ainda aguarda o julgamento pela Justiça comum.
O responsável pela acusação é o promotor Carlos Talarico.
Cristiane foi vista pela última vez na noite do dia 21 de junho quando descia do prédio onde morava, em Santana (zona norte), para telefonar. Às 10h do dia seguinte, ela telefonou para um apartamento vizinho, mas desligou em seguida.
Segundo sua mãe, Jerônima Ferreira Lages, os dois acusados já vinham fazendo ameaças à filha.
Desde a morte de Cristiane, Jerônima vem tentando conseguir a punição dos culpados. Já escreveu para ministros da Justiça e parlamentares. Vem sendo apoiada pela associação de familiares de vítimas da PM e pela Casa Eliane de Gramont, que presta assistência a mulheres vítimas de violência. No ano passado, o julgamento foi adiado porque o réu não compareceu.

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