São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997
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Associações boicotam audiência

Secretário explica reforma

MARCELO NEGROMONTE
DA REPORTAGEM LOCAL

As grandes associações rurais instaladas no parque da Água Branca (zona oeste de São Paulo) boicotaram a audiência pública com o secretário da Agricultura, Francisco Graziano, na última quarta-feira, dia 29 de janeiro.
A reunião havia sido convocada pelas próprias associações para que o secretário pudesse explicar as reformas que serão feitas no parque da Água Branca, que implicam a transferência das sedes das entidades para salas modulares de 40 m2.
Hoje 40 associações, a maioria da área rural, estão abrigadas no parque, onde ocupam 6.045 m2.
Nenhuma delas paga aluguel pelo espaço. Apenas um rateio das despesas de água e luz.
Segundo levantamento feito pela Folha, em imobiliárias da região, o preço do aluguel de um imóvel comercial de 200 m2 no bairro gira em torno de R$ 2.500 mensais.
O grupo que boicotou a audiência pública, formado pelas associações de criadores de cavalos e bovinos, queria um encontro reservado com o secretário.
Portas abertas
O pedido, porém, foi negado por Graziano, que resolveu convidar todas as associações e tornar o encontro público.
"Quem gosta de portas fechadas, gosta de força", afirmou o secretário.
Graziano estava irritado com a ausência de 31 associações. "É uma falta de respeito", disse.
A audiência serviu para esclarecer como será realizada a reforma do parque.
As grandes associações (mangalarga, pardo-suíço, andaluz, jérsei, quarto-de-milha e outras) haviam se reunido, no dia 23 de janeiro, para discutir as medidas do secretário.
O objetivo dessa reunião foi o de tomar uma decisão conjunta em relação à medida da Secretaria da Agricultura de desocupar as sedes.
Entretanto, nem todas as entidades foram convidadas para essa reunião, apenas as maiores.

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