São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997
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Entenda as acusações e a defesa de Pitta

Acusação do BC
A Prefeitura de São Paulo optou por trabalhar com corretoras de pequeno porte, em detrimento de grandes bancos ou fundos de pensão, que são instituições tradicionais nas operações com títulos públicos

A prefeitura pagou deságios "absurdos" em suas transações com as corretoras. Houve "custo adicional e desnecessário ao erário municipal"

As corretoras, bancos e distribuidoras que operaram com a prefeitura realizaram negócios com "empresas de fachada", transformando em prejuízo os lucros obtidos com os títulos paulistanos e fugindo do Imposto de Renda

Resposta de Pitta
Não foi feita uma opção, mas uma oferta ao mercado por meio de leilões públicos. "Se os grandes não se interessaram, esse é um problema do mercado. A prefeitura não indica as corretoras"

O Plano Real tirou dinheiro de circulação, levando pequenas corretoras a uma situação de insolvência. Para evitar uma quebradeira generalizada, a prefeitura passou a comprar os títulos para preservar a credibilidade dos papéis

Não nega o fato nem defende as organizações de "fachada". Aproveita para atacar a Receita Federal e o Banco Central, que segundo ele seriam responsáveis pela fiscalização do mercado financeiro

Faltou dizer
Desde 1994, a Secretaria de Finanças indica o volume, o valor e o deságio dos papéis que serão oferecidos, assim como nome das corretoras que farão a operação. É uma exigência do Banespa, que custodia os títulos paulistanos

Se tivesse optado por operadores tradicionais, a prefeitura não teria a necessidade de realizar uma compra emergencial dos seus papéis. Bancos compraram os títulos paulistanos junto as corretoras com deságios menores

O Banco Central abriu processo contra distribuidoras que operaram com a prefeitura, mas acredita que o município tem participação no esquema

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