São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997
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Mortalidade neonatal

BUSSÂMARA NEME

Notícias recentes veiculadas por periódicos e pela televisão têm feito referências desairosas à maternidade-escola Assis Chateaubriand, sediada em Fortaleza, e também ao seu diretor, o professor Francisco das Chagas Oliveira.
Militando no âmbito da assistência obstétrica há mais de 55 anos e na condição de professor titular de obstetrícia das Faculdades de Medicina da USP, da PUC e da Unicamp, no Estado de São Paulo, julguei de meu dever repudiar, publicamente, todas as ofensas dirigidas a essa maternidade e, em particular, ao seu culto, honesto e empreendedor diretor clínico.
Conhecendo, praticamente, todas as maternidades-escola de nosso país, posso afirmar que o serviço de neonatologia da referida maternidade, responsável pela assistência aos recém-nascidos normais e patológicos, não merece as críticas que lhe foram imputadas.
Sua Unidade de Tratamento Intensivo, implantada pelo professor Chagas de Oliveira, está credenciada, sob o ponto de vista de equipamentos e de pessoal, como uma das melhores dentre as maternidades conveniadas pelo SUS.
Ocorre que, sendo centro assistencial de excelência, para todo o Estado do Ceará, essa maternidade tem sido o único refúgio seguro para atender à numerosa população de recém-nascidos prematuros, de muito baixo peso, cuja morte neonatal se relaciona com a imaturidade orgânica que lhes é peculiar, favorecedora de ocorrência de infecção, que em geral independe da assistência que lhes é prodigalizada.
É lamentável que instituição assistencial de tal qualificação e seu ilustre diretor clínico, que a ela se dedica diuturna e abnegadamente, tenham sido atingidos por noticiário injusto e maldoso, partido de críticas levianas, ignorantes e propensas a delapidar a honorabilidade e a competência provada dessa maternidade.

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