São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997 |
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Turistas voltam a lotar Rio no Carnaval
SERGIO TORRES
As agências contabilizam a estada de 300 mil turistas -cerca de 100 mil estrangeiros- no Rio até o fim do Carnaval. Em 1996, segundo a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagem), 255 mil turistas estiveram no Rio durante o Carnaval. A Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) também está esperançosa, mas o vice-presidente Francisco Grabowsky está surpreso com os números da Abav. "Calculo uns 50 mil turistas, o que já é muito bom. Se cada um ficar cinco dias e gastar US$ 200 por dia em hospedagem, comida e diversão, haverá uma movimentação de US$ 50 milhões na cidade", disse ele. Um passeio matinal pela orla hoteleira da zona sul (praias de Copacabana e Ipanema, principalmente) revela a presença de dezenas de estrangeiros aproveitando na areia e no mar o verão carioca. O gerente hospitalar John Walland, 46, trocou a congelada Chicago (EUA) pelo Rio. Ele disse ontem estar encantado com o Brasil. "O povo é maravilhoso. A gentileza e a alegria das pessoas me encantaram", afirmou Walland. O israelense Ori Linenberg, 23, é outro a mostrar entusiasmo com a população brasileira, particularmente com um segmento dela: "as chicas". Estudante de economia em Telaviv, Linenberg chegou ao Rio anteontem. De manhã, circulou pela praia de Copacabana, antevendo o sucesso que planeja fazer com as mulheres no Carnaval. "As noites vão ser espetaculares", disse. A norte-americana Mary Anne Pace passou uma semana em Salvador antes de vir para o Rio, onde chegou ao amanhecer de ontem. Às 11h30, ela já estava de biquíni na praia. Funcionária de uma seguradora em Idaho (Estado dos EUA), Mary Anne disse que voltará no ano que vem. "O povo é amigo, festeiro, e as paisagens são maravilhosas", afirmou ela. O designer videográfico Richard Ducasse, 40, conta que encontrou no Rio algo "acima das expectativas". Um dia bastou para ele se engajar na campanha pela Olimpíada no Rio em 2004. Ducasse foi à praia com a camiseta pró-Olimpíada. "Tudo é muito mais do que imaginava. Pena que o Brasil é um país muito caro ", disse. Segundo o vice-presidente da Abav-RJ (Associação Brasileira de Viagens-Rio de Janeiro), Carlos Alberto Ferreira, a previsão dos agentes é a de que até o Carnaval a lotação dos hotéis será de 100%. Texto Anterior: Dos restos humanos Próximo Texto: Rio sobe e deixa 921 desabrigados no PR Índice |
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