São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997![]() |
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Brasileiros estão 'presos' em Caracas
ROGÉRIO GENTILE
Os brasileiros estavam, em sua maioria, em Havana, capital de Cuba, quando a empresa aérea venezuelana Viasa, que os traria de volta, suspendeu suas operações. Os passageiros foram levados, por outras empresas aéreas, depois de três escalas, para a Venezuela e foram hospedados no hotel Caracas Hilton. Outros 60 brasileiros, que ainda estão em Cuba, deverão enfrentar problemas para voltar no data prevista para o final da viagem, dia 9. Segundo a Viasa, cerca de 500 brasileiros que estavam no exterior já conseguiram retornar ao Brasil. Eles foram encaixados em vôos de outras companhias aéreas. Os demais passageiros terão dificuldades para voltar porque quase todos os vôos para o Brasil estão lotados devido ao Carnaval. Pedro Schiray, representante em São Paulo da Viasa, diz que os 70 brasileiros que estão em Caracas deverão voltar na sexta-feira ou sábado, após escala em Manaus. Breno Costa, do consulado brasileiro em Caracas, diz que o grupo só deve voltar após o dia 9. A estudante Luciana Loureiro, 23, disse, que o grupo está se sentindo desamparado. "Não temos dinheiro nem para pegar o metrô para ir ao consulado e à Viasa." Ela disse que a previsão que teria sido feita aos estudantes é de que a volta acontecerá após o Carnaval. Segundo ela, dois brasileiros, identificados apenas por Sandro e Elizonilse, estão doentes. O primeiro, do Rio de Janeiro, estaria com hérnia. Segundo o consulado, ele precisará ser operado, mas não há urgência. A outra, do Ceará, estaria com febre. Luciana disse que dois estudantes já tiveram a notícia de que perderam os seus empregos em decorrência do atraso. Cinco estrelas O representante da Viasa em São Paulo diz que a empresa passa por dificuldades financeiras. "Estão havendo divergências entre os sócios- o governo da Venezuela e a empresa espanhola Ibéria." Ele disse que os passageiros foram colocados num hotel cinco estrelas e que todas as despesas serão pagas pela empresa aérea. Apesar das garantias feitas pelas empresa, familiares dos estudantes estão preocupados. "Muita gente têm compromissos marcados", disse Antonieta Filizola. Texto Anterior: Rio sobe e deixa 921 desabrigados no PR Próximo Texto: Doenças 'reemergentes' ameaçam Carnaval Índice |
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