São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997
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Ágio no dólar paralelo recua para 3,7%

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A virada do ano e os últimos dias de férias fizeram o ágio no mercado paralelo de dólar despencar. Ontem, oscilava na faixa dos 3,7%, depois de chegar aos 9,5% durante a segunda quinzena de dezembro.
Quem comprou dólar no dia 20 de dezembro, por exemplo, pagou algo próximo de R$ 1,135, preço que caiu até ontem 4,4%, encerrando o dia a R$ 1,0850.
O que explica a queda no ágio são fatores sazonais, que, conforme já era esperado por analistas do mercado, tendem a se esgotar.
Em grande medida a alta no ágio se deu por causa das compras dos sacoleiros, que iam ao Paraguai para abastecer o comércio nacional de olho nas vendas de Natal.
Além disso, as facilidades de pagamento das viagens internacionais e a valorização do real com relação ao dólar também serviram de combustível para o "black", incentivando o turismo ao exterior.
Contribuiu ainda o fato de algumas empresas optarem por zerar seus caixas oficiais na virada do ano, agindo de forma ilegal, para fugir da tributação.
O ágio no dólar paralelo tem ainda espaço para cair, segundo operadores do mercado.
Isso porque continua havendo grande oferta de dólar no mercado interno e o governo tem conseguido controlar os movimentos especulativos, esfriando a demanda.
Câmbio
Ontem o Banco Central fez novo leilão de spread, redefinindo a minibanda de variação do dólar -faixa informal para a oscilação. Agora o dólar pode oscilar na faixa de R$ 1,0460 a R$ 1,0510, sem que o BC interfira no mercado.
Nova York
O mercado de ações de Nova York operou ontem com baixa moderada a maior parte do dia, ainda na expectativa sobre o futuro da política monetária do país, a qual está sendo analisada em reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
A maioria dos analistas no entanto afirma que muito provavelmente os juros devem permanecer no nível em que estão -próximos de 6,7% ao ano-, já que não há perspectiva de alta da inflação.
O rendimento pago nos títulos de 30 anos da dívida do governo norte-americano permanecia próximo a 6,74% ao ano.

Com agências internacionais

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