São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997 |
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Ruth Escobar se despede de teatro com festa para artistas
DANIELA ROCHA
A Apetesp (Associação dos Produtores Teatrais do Estado de São Paulo) adquiriu o teatro, localizado à rua dos Ingleses, por R$ 5,5 milhões -sendo que R$ 2 milhões do valor foram pagos com dinheiro adquirido da Telesp, por meio da Lei Rouanet (lei de incentivo à cultura). Em discurso de posse das chaves, o presidente da Apetesp, Sérgio Dantino, criticou "jornalistas mal informados e editorial" que questionaram a aquisição do teatro. O Ministério Público abriu no mês passado uma investigação para verificar possíveis irregularidades na compra do teatro, com base em reportagem e editorial publicados na Folha. Em seu discurso, o presidente da Telesp, Carlos Eduardo Sampaio Dória, afirmou que a companhia telefônica submete cada projeto cultural que apóia ao exame prévio dos técnicos do Ministério da Cultura. "Com base na Lei Rouanet, projetos tiveram seu mérito, dimensões e custo criteriosamente avaliados pelo Ministério da Cultura. Agimos em um processo transparente e com procedimento legal correto", disse. A festa Com uma hora de atraso, a festa da Apetesp reuniu no palco mais de cem artistas que já passaram pelo teatro. Foram relembradas as montagens mais importantes, como "A Ópera dos Três Vinténs", "Roda Viva" e "O Balcão". Entre os artistas presentes estavam Lima Duarte, Irene Ravache, Rubens de Falco, Júlio Medaglia, Fúlvio Stefanini, Rolando Boldrin, Sérgio Mamberti, Luiz Damasceno, Raul Cortez, Cacá Rosset, Gérson de Abreu e Flávio de Souza, entre outros. Otaviano de Fiori compareceu representando o ministro da Cultura, Francisco Weffort. O prefeito Celso Pitta também mandou um representante ao evento, o assessor Itoby Alves Correa Junior. O secretário de Estado da Cultura, Marcos Mendonça, compareceu ao evento. "A secretaria busca realizar mais parcerias com a Apetesp. Vamos abrir caminhos para maior atuação na área teatral", disse. Bastante emocionada, Ruth Escobar chamou ao seu lado a atriz e amiga Regina Duarte durante seu discurso. Ela relembrou como construiu o teatro e os momentos históricos mais importantes que viveu nele, durante o período militar. "Durante a Feira Paulista de Opinião nos declaramos em desobediência civil. A história deste teatro está presa às nossas vísceras", disse. Antes de entrar no palco, Ruth Escobar se dizia feliz e tranquila. "Vou dormir sem pesadelos. É como soltar um filho no mundo", disse. Texto Anterior: Itamar Assumpção estréia novo repertório, barba e cavanhaque Próximo Texto: Polícia vê possibilidade de abalroamento Índice |
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