São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997 |
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Para oposição, Temer sai enfraquecido da votação DANIELA PINHEIRO DANIELA PINHEIRO; ABNOR GONDIM
A oposição considera que o novo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), assume o cargo enfraquecido. Segundo seus adversários, ele venceu a eleição de ontem com uma diferença real de apenas dez votos. Na avaliação do presidente do PT, José Dirceu, a vitória do governo foi difícil, considerando que a soma dos votos brancos, nulos e para os candidatos derrotados chegou a 247. Temer foi eleito com 257 votos favoráveis. "Hoje o Temer sabe que tem 247 votos de oposição a ele, o que não é pouco", argumentou. O líder do PDT, Matheus Schmidt (RS), afirmou ontem que a votação frustrou a expectativa do governo, que apostava vencer com o mínimo de 320 votos. Para o deputado Ricardo Barros (PFL-PR), que votou contra a reeleição, o "rolo compressor" do governo não foi tão eficiente. Acordo Frankenstein Anteontem à noite, Barros organizou um encontro dos dois outros candidatos -os deputados Wilson Campos (PSDB-PE) e Prisco Viana (PPB-BA)- com opositores da candidatura Temer. Decididos a enfrentar o candidato oficial do governo, Prisco e Campos mantiveram suas candidaturas e, para se fortalecerem, concordaram em formar uma chapa única para os demais cargos da Mesa (vice-presidentes, secretários e suplentes). O acordo ganhou o apelido de "Frankenstein" por ter sido articulado por representantes de partidos ideologicamente opostos, como PT, PFL, PPB e PC do B. Terminada a votação, Prisco Viana afirmou que "o resultado mostra que não há espaço de resistência no Legislativo contra a dominação do Executivo". Wilson Campos, por sua vez, passou mal por um aumento de pressão. Foi medicado e está bem. Texto Anterior: Dois em um Próximo Texto: Temer promete romper linha dura baiana Índice |
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