São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997
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Pitta nomeia administradores por indicação de vereadores

Novas nomeações devem sair nos próximos dias

DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Celso Pitta, nomeou os dois primeiros administradores regionais indicados por vereadores.
Nos próximos dias, outros nomes indicados por parlamentares vão ser nomeados para garantir a maioria dos votos na Câmara Municipal.
Pitta aceitou as indicações feitas pelos vereadores Mário Dias e Archibaldo Zancra, ambos do PPB, para as administrações regionais de Campo Limpo e Vila Prudente, respectivamente.
Essa regiões são as principais bases eleitorais dos vereadores.
Para a regional do Campo Limpo, na zona sul, o vereador Mário Dias indicou um colaborador de campanha, o empresário Jonas Ravagnani (leia texto ao lado).
Na administração Maluf, Dias também foi o responsável pelas indicações da regional do bairro e conseguiu aumentar na região a sua votação em comparação com a eleição de 1993.
"Vou dinamizar a regional, administrando-a como uma empresa privada", afirmou Ravagnani.
O vereador Archibaldo Zancra indicou um funcionário de carreira da prefeitura para a regional da Vila Prudente. O engenheiro José Reis da Silva foi o supervisor de obras da regional na gestão Maluf.
Irregularidade
Com as nomeações, chegam a quatro o número de administradores regionais nomeados pelo prefeito Pitta, sendo que um é interino, o de Pinheiros.
A Folha revelou que Eufrazio Pereira Meira, nomeado para a regional da Penha foi exonerado no ano passado do governo, suspeito de irregularidades na regional de São Miguel, onde era o administrador.
Meira foi considerado suspeito de envolvimento em pagamentos irregulares da prefeitura a empresas coletoras de entulhos.
O administrador negou as irregularidades e disse que foi exonerado por falta de sintonia política com o então secretário das Administrações Regionais. Arthur Alves Pinto, o antigo secretário, desmentiu Meira.
Rebelião
No final de 1996, as regionais se tornaram focos de uma crise entre os vereadores do PPB e Celso Pitta.
Pitta afirmara que iria intervir nas indicações de administradores -até então um "direito político" da bancada governista.
Por causa disso, o PPB se rebelou e ameaçou retaliar o prefeito no Legislativo, por meio de CPIs e cortes no Orçamento. A crise acabou dias antes da posse de Pitta, que aceitou manter o "direito de indicação" aos governistas.

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