São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997
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Bovespa já subiu 2,6% em fevereiro

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a fechar com alta ontem, encerrando o dia com variação positiva de 0,85% com relação ao dia anterior e movimento financeiro de R$ 592 milhões.
Com isso, a Bovespa acumula alta de 2,6% em fevereiro. Em janeiro, a alta registrada foi de 13%.
Nesses dias começa a ganhar importância a movimentação dos investidores preocupados com o vencimento no mercado de opções, marcado para o dia 17.
Com o Carnaval na próxima semana, esses movimentos devem se concentrar nos negócios de hoje e amanhã, avaliam operadores.
Fronte externo
No fronte externo, a situação continua sendo favorável, otimismo que foi reforçado ontem com a decisão do Federal Reserve (o banco central dos EUA) de manter os juros inalterados.
A decisão, já esperada pelo mercado, deve manter o interesse dos investidores em ativos de risco, interesse que poderia ser afetado se o Fed decidisse aumentar as taxas do mercado.
O fato é que a economia dos EUA tem crescido sem impacto nos índices de inflação, a principal preocupação do Fed.
Questão de tempo
No entanto, segundo alguns analistas, a alta dos juros no mercado norte-americano é apenas uma questão de tempo.
A taxa básica do mercado financeiro dos EUA está hoje na casa de 5% ao ano nas linhas de crédito do Fed para os bancos que têm dificuldades para fechar o caixa.
Quando o governo aumenta o custo dessa taxa, esse aumento acaba se refletindo nas taxas do mercado interbancário (de empréstimos entre bancos), atualmente em 5,25% ao ano.
Salários
A alteração nos juros do mercado norte-americano deve ficar para março ou maio, de acordo com esses analistas, por causa do ritmo moderado do crescimento econômico dos EUA neste início de ano.
O que deve provocar um aumento dos juros, por esse raciocínio, é a queda no nível de desemprego, que tende a aumentar os salários.
Um aumento dos salários, por sua vez, pode fazer as empresas aumentarem seus preços, pressionado os índices de inflação.
Com agências internacionais

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