São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997 |
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Presidente é vaiado em Porto Alegre CARLOS ALBERTO DE SOUZA CARLOS ALBERTO DE SOUZA; LÉO GERCHMANN
FHC foi a Porto Alegre participar do encerramento do Encontro Mundial de Entidades Jornalísticas e assinar contratos para setor energético. Cerca de 250 manifestantes aglomeraram-se, a partir de 16h, em frente ao hotel para o qual FHC se dirigiu, gritando palavras de ordem como "reeleição é manipulação". "É normal (esse tipo de ato)", foi o que o presidente sobre o ato. Os manifestantes, ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outras entidades, ocuparam os andares do Sindicato Estadual dos Professores, que fica ao lado do hotel. Eles estenderam na fachada do prédio faixas contra a reeleição e pedindo emprego, terra e salário. Antes da chegada do presidente, eles gritavam também "Fernando Henrique cara-de-pau, o desemprego é teu cabo eleitoral". Chegada Fernando Henrique chegou a Porto Alegre às 16h45. Poucos minutos depois da chegada de FHC, começou a chover forte na cidade. Mesmo assim, os manifestantes mantiveram os protestos. Às 17h20, o ônibus que conduzia o presidente estacionou em frente ao hotel. No momento em que ele desceu do ônibus, os manifestantes intensificaram os gritos de "não à reeleição". Enquanto isso, simpatizantes do governo aplaudiram a passagem de FHC. O presidente, sempre sorridente, estava acompanhado do governador do Rio Grande do Sul, Antônio Britto (PMDB). No hotel, ele assinou dois contratos que incentivam o setor energético do Estado. Às 18h30, ao deixar a suíte presidencial e atravessar a rua para ir ao centro de eventos do hotel, o presidente recebeu vaias e xingamentos dos manifestantes. A comitiva seguiu em frente, e não houve nenhum incidente. Texto Anterior: Presidente faz piada com viagens Próximo Texto: Cresce número de países que violam liberdade de imprensa Índice |
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