São Paulo, sábado, 8 de fevereiro de 1997 |
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Viola supera até a polícia
AR
Afastado do time titular, lutou para recuperar a vaga, chegou atrasado em treino e, para não repetir a falta, "furou" um bloqueio do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) anteontem. O jogador, porém, não se abalou. "O importante é que estou escalado para jogar. Além disso, sou honesto e alegre, e ninguém vai tirar isso de mim." * Pergunta - O que aconteceu entre você e a polícia na última quinta-feira? Viola - Foi um mal-entendido. Um guarda de trânsito disse que mandou eu parar o carro na marginal Tietê, mas eu entendi que era para seguir. Depois, me pararam mais à frente, dizendo que furei um bloqueio. Apresentei a carta de motorista e a nota fiscal do carro, já que os documentos ainda não estão prontos. Falei que era o Viola, disse que precisava trabalhar e fui treinar. Pergunta - Sem a autorização do guarda? Viola - Ele não quis acordo comigo. Queria apreender o carro, e eu chegaria atrasado ao treino. Então, sem desrespeitá-lo, fui embora, deixando a nota fiscal e a carta de motorista. Depois, os policiais vieram conversar comigo no Palmeiras, entenderam a situação e me devolveram os documentos. Pergunta - Você acha que foi vítima de preconceito? Viola - Não. Nós, negros, estamos por cima. Já conquistamos nosso espaço. Pergunta - Por falar em preconceito, o que você acha de uma mulher apitando o jogo de estréia do Campeonato Paulista? Viola - Neste país, há espaço para todos. Até para elas, que estão deixando o fogão. Mas quem comanda ainda é o homem. Quem canta no terreiro é o galo. Pergunta - Quem ganhará o duelo do marketing em São Paulo: Viola ou Túlio? Viola - Eu continuo sendo o rei da cidade. O Túlio, que chegou agora, pode ser, no máximo, o príncipe. Texto Anterior: Clube vive crise de comando Próximo Texto: Lusa acerta patrocínio e muda camisa Índice |
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