São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997 |
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Saiba como 'sobreviver' durante Carnaval
JAIRO BOUER
Nada muito complicado. O calor dos salões e o verão pedem roupas bem leves. Bermudas, maiôs e camisetas regatas são as mais apropriadas. Um par de tênis ou sapatos baixos e confortáveis são os melhores "amigos" dos pés durante os bailes. No kit, o folião pode acrescentar alguns remédios que está acostumado a usar. Os mais úteis são medicamentos para dor de cabeça e para vômitos. Eles podem tornar mais amena a travessia de uma ressaca brava. Os famosos "protetores" contra o mal-estar devem ser evitados. Sua fórmula contém ácido acetilsalicílico, um potente irritante da mucosa (revestimento interno) do estômago. Alguns exemplos: Alka Seltzer, Engov e Sonrisal. O álcool também irrita a mucosa. O efeito da combinação entre o álcool e o ácido pode ser sério: dor no estômago, gastrite, vômitos e até sangramentos digestivos. Quem for emendar a noite no salão com o dia na praia ou na piscina não deve esquecer de fotoprotetor com FPS (fator de proteção solar) igual ou superior a 15. Esse recurso é ainda mais importante para quem acordar tarde e resolver "aproveitar" o sol mais forte, das 10h até as 16h. Outro item fundamental é a camisinha. Quem ficar mais "animadinho" com o clima da festa não pode esquecer do instrumento mais eficaz contra doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e Aids. Bom senso Apenas o kit de sobrevivência não garante um Carnaval sem problemas. Bom senso e moderação também devem estar em alta. Uma boa refeição duas horas antes do baile protege o estômago contra os efeitos do álcool e garante o suprimento de energia necessária a uma longa noite. Nada de comidas gordurosas ou que exijam uma digestão mais demorada. O limite que cada um tem ao álcool também deve ser respeitado. Nada de tentar empurrar esse limite para o infinito no meio de cinco noites de festa. Misturar bebidas diferentes também não é uma boa idéia. O consumo do álcool deve ser feito gradualmente. Quem bebe muito rápido pode ter uma elevação súbita da alcoolemia (nível de álcool no sangue) e pode "apagar" de uma vez. Muita água, sucos, refrigerantes e isotônicos hidratam as pessoas -que perdem líquido em excesso pela transpiração- e também controlam a velocidade de elevação da alcoolemia. Texto Anterior: Para governo, economia global será maior Próximo Texto: Dez mandamentos para sua "sobrevivência" nesse Carnaval Índice |
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