São Paulo, domingo, 9 de fevereiro de 1997 |
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DEPOIMENTO "Carnaval para mim é sagrado. Sempre pulo na banda Gueri-Gueri, nos blocos do Pholianafaria e na escola de samba Vai-Vai. Este ano vou sair na Tom Maior e, pela primeira vez, acompanhada do meu marido. Quero só ver no que vai dar. No Carnaval da avenida, vou de biquíni e fantasia por cima, mas no das bandas costumo ir mais à vontade. Na Gueri-Gueri (que saiu no dia 1º, no bairro paulistano dos Jardins, na zona sul), eu estava de camiseta de camurça strech tomara-que-caia e microcueca samba-canção de seda. O tênis 'Keds' eu perdi durante uma pequena briga -meu marido foi querer me proteger e deu a maior confusão. Avisei para ele parar com aquilo, mas, na hora, não teve jeito. É por isso que, na avenida, tem uma porção de mulheres casadas que só desfilam no anonimato -sem o marido saber. Não sei definir a sensação de sair em uma escola. Na Gueri-Gueri, fiquei no meio da bateria. O coração bate junto com o surdo, o pé acompanha o ritmo e eu vou embora. Tenho que me segurar, senão eu perco o meu norte. Renata Cingano, 32, é arquiteta e está casada faz cinco anos Texto Anterior: Comportadas radicalizam no Carnaval Próximo Texto: Usam fantasia sensual durante a folia Índice |
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