São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997
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'Loucos da Pedra' arrancam aplausos na 1ª noite do Rio

MÁRIO MOREIRA e CRISTINA RIGITANO

MÁRIO MOREIRA; CRISTINA RIGITANO
DA SUCURSAL DO RIO

A Unidos do Porto da Pedra, terceira escola a desfilar ontem a noite pelo Grupo Especial do Rio, levou a "loucura legítima" para o Sambódromo e foi a primeira a arrancar aplausos da platéia.
Antes de iniciar seu desfile, o público gritava "É campeão!".
Integraram o desfile da escola 22 pacientes de serviços psiquiátricos de hospitais do Estado.
O enredo, "No Reino da Folia, Cada Louco com Sua Mania", homenageava a loucura.
Usuários do Hospital Pinel desfilaram numa ala própria, com funcionários do hospital. Já os pacientes do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, em Niterói, saíram fantasiados de plantas carnívoras.
Os diretores da escola desfilaram vestindo jalecos de médico com a inscrição psiquiatria e estetoscópios em torno do pescoço.
A escola do município de São Gonçalo desfilou logo após a Unidos da Tijuca, que homenageava o Jardim Botânico do Rio.
A "algazarra" prometida pelo diretor de bateria, Mestre Silvão, foi executada duas vezes nos primeiros 50 minutos de desfile.
Nesses momentos, no refrão do samba, os músicos pararam de tocar e simplesmente ficaram sambando e cantando.
O príncipe dom João de Orleans e Bragança, 42, criticou os outros membros da família imperial por não desfilarem na escola como ele.
"Talvez eles até quisessem desfilar, mas não tiveram coragem", disse dom Joãozinho, tataraneto de dom João 6º.
Apesar de se considerar "igual a todo mundo", ele teria exigido 12 fantasias para desfilar na ala da pesquisa científica.

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