São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997 |
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Fabricante de champanhe investe no público jovem Vendas cresceram 2% mundialmente em 96, segundo o grupo LVMH SUZANA BARELLI
"A idéia é democratizar e não banalizar o consumo da bebida", diz Pierre Letzelter, presidente mundial da divisão de bebidas do grupo, especializado em produtos de luxo. Ou seja, o champanhe deve continuar com a imagem de bebida requintada, mas deve ganhar novos consumidores, diz o executivo, que encerrou, na semana passada, uma visita de negócios pelos Estados Unidos, Argentina e Brasil. Sua intenção é mostrar aos jovens o sabor da bebida e, com isso, atraí-los para consumir o champanhe. "Estamos investindo mais em degustações e marketing." Somente no Brasil, o investimento em marketing em 1997 tem um aumento previsto de 128% em relação ao volume de 1996, não revelado, diz Davide Márcovith, diretor-geral da Chandon do Brasil. Consumo mundial Letzelter diz que o consumo mundial de champanhe cresceu 2% no ano passado -ele não revela o volume de venda ou o faturamento. As vendas dos champanhes do grupo -Mõet & Chandon, Dom Pérignon, entre outras- aumentaram mais: 5%. A participação da América Latina -a subsidiária Chandon do Brasil produz espumantes no Rio Grande do Sul e há uma unidade na Argentina- também cresceu. Hoje, os dois países são responsáveis por 30% da produção de espumantes fora da França. Há três anos, essa participação era de 18%. "O resultado mostra que estamos conseguindo ganhar novos consumidores", afirma. O interesse do LVMH pelo Brasil cresceu com a estabilidade econômica desta década, diz Letzelter. Segundo ele, impostos de importação altos e público consumidor acostumado a bebidas de altos teores alcoólicos atrapalhavam o crescimento desse mercado. "Não tínhamos descoberto o Brasil", diz Letzelter. Em 1996, as vendas das bebidas cresceram 50% (importadas) e 25% (nacionais). Texto Anterior: Quarteto criativo Próximo Texto: Dubar se renova e entra na produção de uísque Índice |
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