São Paulo, terça-feira, 11 de fevereiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Acidente em racha mata 1 e fere 10

RODRIGO VERGARA
DA REPORTAGEM LOCAL E DO NP

Uma pessoa morreu e outras dez ficaram feridas às 23h30 de anteontem em um acidente causado por um carro que disputava um racha, em Guarulhos (Grande São Paulo).
O metalúrgico Jair Assis dos Santos, 26, que dirigia o carro acidentado, um Kadett GSI com motor turbinado, placas BRH-4406, foi preso em sua casa, depois de fugir do hospital onde foi socorrido. Ele pagou fiança e desapareceu.
Ontem, na casa de Santos, uma mulher que não quis se identificar disse que ele não estava e não poderia dar maiores informações.
A vítima fatal, a empregada doméstica Maria José Ferreira, 26, e outros seis amigos foram atropelados no canteiro central da avenida Marechal Humberto Alencar de Castelo Branco, de alta velocidade.
Além da morte de Maria José, o acidente deixou em estado grave Vanessa Ferreira Carvalho, 14, que está em coma. Outras quatro pessoas tiveram fraturas nos braços e pernas. Os demais feridos tiveram cortes e escoriações.
Racha
Os motoristas dos outros dois carros que estariam disputando racha com o Kadett não foram identificados, segundo a polícia.
A estudante Luana Conrado de Arruda, 13, assistiu a tudo. Ela acompanhava o grupo de amigos acidentado mas saiu ilesa.
"A gente estava atravessando a rua quando um Kadett branco, um Gol vermelho e uma Saveiro vieram em alta velocidade. O Gol estava perto do Kadett e desviou de um caminhão parado. O cara do Kadett também foi desviar e atingiu meus amigos."
Maria José foi arremessada a dez metros de distância e bateu na cabine de concreto de um telefone público. O carro chocou-se contra um poste e só parou após bater em uma árvore.
Três garotas, com idades entre 14 e 17 anos, que estavam no carro, também se feriram.
Valéria dos Santos Machado, 14, que estava no banco de trás, disse que o motorista havia tomado "só uma lata de cerveja" no salão Casa do Som, onde pularam Carnaval.
Valéria negou que o carro estivesse em alta velocidade e afirmou que não Santos disputava um racha. Mas confirmou que ouviu o motorista dizer que seu carro era turbinado.
"Só vi que, quando ele fez a curva, perdeu a direção. O carro fez um zigue-zague e bateu."

Texto Anterior: Injeção no olho é maior esperança
Próximo Texto: Belo Horizonte tem Carnaval violento
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.