São Paulo, terça-feira, 11 de fevereiro de 1997
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Sistema financeiro é grande anunciante

DA REPORTAGEM LOCAL

Ainda é muito certo para uma avaliação precisa, mas os indícios são de que o setor financeiro aumentou sua participação no bolo publicitário no ano passado, contrariando a tendência observada em 1994 e 1995.
Tradicionalmente, os bancos e outras empresas do setor -como as seguradoras e financeiras- investem bastante em publicidade. Mas, depois do Plano Real, com a estabilização monetária, esse quadro se alterou.
Com menos receitas provindas do impacto das elevadas taxas de inflação, os bancos adotaram programas de cortes de despesas que incluíam menos investimento em marketing.
Como resultado disso, em 1995, por exemplo, o mercado financeiro foi o quinto segmento econômico que mais aplicou em publicidade, com um volume de US$ 562 milhões. Em 94, o segmento tinha sido o quarto maior investidor em publicidade.
Aumento nos gastos
Já em meados do ano passado, os bancos e outras instituições financeiras intensificaram suas campanhas publicitárias, em alguns casos numa tentativa de se diferenciar num mercado em que a maioria dos bancos passou a oferecer serviços e tarifas muitos parecidos entre si.
Essa tendência já teve resultados. Segundo a pesquisa Monitor, do Ibope, medindo os investimentos publicitários, em novembro do 96, o setor financeiro foi o terceiro em gastos com campanhas.
A pesquisa apurou que 7% dos gastos publicitários foram feitos pelo sistema financeiro, atrás apenas do comércio (com 21%) e dos serviços públicos (10%).
Desde meados de dezembro, outro fator levou muitos bancos, especialmente os chamados bancos de varejo, com grande rede de agências, a veicularem custosas campanhas publicitárias.
Com a instituição da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), os bancos passaram a alardear opções de investimento com menor impacto do novo imposto.

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