São Paulo, terça-feira, 11 de fevereiro de 1997 |
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Clinton sabia sobre empréstimo ilegal Revelação é do ex-sócio McDougal CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
McDougal e Clinton testemunharam em maio que Clinton não tivera conhecimento do empréstimo de US$ 300 mil. Mas agora McDougal está endossando outro depoimento, o do banqueiro David Hale, que diz ter sido pressionado por Clinton, então governador de Arkansas, sul do país, a fazer o empréstimo ilegal a Susan. As entrevistas de McDougal foram dadas à revista "The New Yorker" e à rede de TV ABC. Ele foi considerado culpado de diversos crimes relacionados ao caso Whitewater e aguarda a definição de sua sentença, que pode ser de até 84 anos de prisão. Desde a condenação, ele tem cooperado com o promotor especial do caso, Kenneth Starr. Tanto Hale quanto Susan McDougal também foram condenados e estão presos. McDougal diz ainda nas entrevistas que o presidente e sua então mulher estavam tendo um caso amoroso em 1986, quando o empréstimo foi realizado. A Casa Branca, sede do governo dos EUA, e David Kendall, advogado que defende Clinton no caso Whitewater, se negaram a comentar as entrevistas ontem. Em outro desdobramento do caso Whitewater, o promotor Starr está tentando estabelecer se a Casa Branca ajudou o então secretário-assistente da Justiça, Webster Hubbell, a arrumar clientes como advogado quando ele renunciou ao cargo para ser processado. Hubbell cumpriu pena de 17 meses de prisão e vai ser libertado esta semana. Starr descobriu que o grupo Time-Warner e empresas do grupo indonésio Lippo (envolvido no caso de contribuições ilegais para a reeleição de Clinton) estão entre os clientes que Hubbell conseguiu antes de ir para a cadeia e que podem ter sido arranjados como um favor político. (CELS) Texto Anterior: Espião espacial será vendido Próximo Texto: Brasileira pode deixar hoje a prisão Índice |
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