São Paulo, quarta-feira, 12 de fevereiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Correria abre 'buracos' em alas da Portela

WILSON TOSTA
DA SUCURSAL DO RIO

Uma série de incidentes atrapalhou o desfile da Portela, que chegou à praça da Apoteose correndo para não ultrapassar o tempo máximo de desfile (80 minutos) e tentando tapar "buracos" que se abriram entre e em algumas de suas alas -um deles chegou a ter cerca de 60 metros.
Ainda na armação, a águia, símbolo da escola, que estava no abre-alas, teve a pata direita quebrada, a minutos do início, e teve de ser consertada -precariamente- com rapidez.
A escola entrou na avenida três minutos atrasada. No mesmo carro, o nome da Portela, em néon, não acendeu totalmente.
Aos 63 minutos de desfile, que teve como enredo "Linda, Eternamente Olinda", a escola ainda estava com seu último carro alegórico no setor três -quase no início da avenida. Presidentes de alas demonstravam nervosismo.
"Corre! Corre! Corre!", berravam para os integrantes.
Até Paulinho da Viola, de volta aos desfiles, aderiu ao esforço. A poucos metros da Apoteose, abriu os braços, chamando os portelenses a tapar um buraco. "Não vi buraco, mas percebi que a escola, no último momento, foi tocada para andar mais depressa", disse.
O carro "Sacadas do Carnaval", em que estava o ex-Menudo Ricky Martin, teve problemas no eixo dianteiro, e foi empurrado de qualquer jeito para a Apoteose.
Martin foi cercado por repórteres e fãs. Para escapar ao assédio, o cantor foi retirado do Sambódromo dentro de um carro de polícia.
O fechamento dos portões, encerrando o desfile aos 77 minutos, foi saudado com gritos de alegria.
No desfile, o prefeito Luiz Paulo Conde (PFL), levado pelo presidente do Comitê Rio-2004, Ronaldo Cezar Coelho, foi à avenida e beijou a bandeira da Portela. A escola tinha uma faixa apoiando a Olimpíada no Rio.
Última escola a desfilar, com o enredo "Não Deixe o Samba Morrer", a Unidos de Vila Isabel apresentou-se luxuosa, com fantasias e carros alegóricos bem acabados.
Um único problema ocorreu no "Carro da Coruja", onde estavam os atores Alexandre Barilari e Rita Guedes: falhas no gerador elétrico fizeram com que ele apresentasse fumaça e cheiro de queimado.

Texto Anterior: Porta-bandeira vira bailarina
Próximo Texto: Funk e negro fazem Viradouro favorita
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.