São Paulo, quinta-feira, 13 de fevereiro de 1997
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Déficit argentino chega a US$ 423 mi

Governo teme não cumprir meta

RODRIGO BERTOLOTTO
DE BUENOS AIRES

As contas públicas da Argentina fecharam com déficit de US$ 423 milhões no primeiro mês de 1997, número superior ao esperado pelo ministério da Economia.
O temor do governo é não cumprir as metas acertadas com o Fundo Monetário Internacional, ou seja, um déficit fiscal máximo de US$ 1,04 bilhão no primeiro trimestre. Para isso, as contas de fevereiro e março não podem ultrapassar US$ 577 milhões negativos.
Para o ano, o déficit terá de se manter abaixo dos US$ 3 bilhões, segundo consta na carta de intenção assinada no final de 1996.
O acordo admite também que o déficit se estenda até US$ 4,5 bilhões, caso sejam transferidos os fundos de previdência das Províncias para a órbita federal.
As principais causas do déficit em janeiro foram o pagamento atrasado do 13º de 1996 para o funcionalismo (US$ 130 milhões) e o pagamento da dívida com as províncias (US$ 200 milhões).
O governo transferiu os gastos de dezembro para janeiro para fechar a contabilidade do ano passado, conforme acordo com o FMI.
Inicialmente, a Argentina teria que terminar 1996 com um déficit fiscal de US$ 2,5 bilhões, mas já no primeiro semestre chegou a US$ 3,3 bilhões. Depois disso, a Argentina pediu um "waiver" (perdão) ao FMI, e foi estabelecida uma nova meta: US$ 6 bilhões.
A arrecadação fiscal está aumentando no país, mas o mesmo acontece com os gastos públicos.
Em janeiro houve recorde histórico de arrecadação, graças às novas regras tributárias e à campanha promovida pela DGI (Direção Geral de Impostos).

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