São Paulo, quinta-feira, 13 de fevereiro de 1997
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Lamia; Interlocutor; Lembrete; Sugestão; Saúde falida; Fidelidade partidária; Só no Brasil; Sujeira urbana; Recepção à altura; Subserviência

Lamia
"Há tempos estou acompanhando o caso da brasileira Lamia e inclusive em contato com autoridades de Israel.
Sempre pedi que a mandassem para cá, desde o início, para ficar perto da filha.
Agora estou feliz pelo desfecho."
Zilda de Miranda Ferreira (Jundiaí, SP)
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"A família do militar israelense atraiçoado e assassinado com a participação da brasileira Lamia, como a consciência de qualquer cidadão minimamente esclarecido, é afrontada com a libertação da criminosa.
Esse tipo de nacionalismo, propagado por parte da imprensa nacional, é da pior espécie."
Jorge João Burunzuzian (São Paulo, SP)
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"Ronald Biggs, Leonardo Pareja e agora a terrorista Lamia.
A imprensa brasileira mais uma vez idolatra bandidos, terroristas, assassinos.
Depois, vai reclamar quando nos filmes americanos os bandidos fogem para o Rio."
Fernando Sergio L. Castilho (São Paulo, SP)

Interlocutor
"A propósito da carta do sr. Paulo de Souza Cavalcanti ('Painel do Leitor', 11/2): a frequência das visitas do senador aos acampamentos dos sem-terra é muito anterior ao início da novela 'O Rei do Gado'.
O senador esteve também em todos os locais onde ocorreram massacres de trabalhadores rurais.
Desde que chegou ao Senado, o senador passou a ser o principal interlocutor entre o MST e o governo federal."
Terezinha Lopes, assessora do senador Eduardo Suplicy -PT-SP (Brasília, DF)
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"Como pesquisador da questão agrária e testemunha do esforço do senador Eduardo Suplicy em buscar uma solução para o problema fundiário do Pontal, quero lamentar o modo como a Folha apresentou isoladamente o fato de o senador dormir no acampamento do sem-terra, desconsiderando o trabalho fundamental."
Bernardo Mançano Fernandes, professor da Unesp -Universidade Estadual Paulista (Presidente Prudente, SP)

Lembrete
"O recente encerramento das atividades da Viasa, a empresa aérea da Venezuela que havia sido privatizada em 1992, deve servir de lembrete para aqueles que acham que toda a privatização é benéfica.
E para os que acham que toda a estatização é maléfica, também há o exemplo da PDVSA, a empresa de petróleo da Venezuela, estatizada em 1971, e que hoje é a segunda empresa de petróleo do mundo.
Tão forte é a sua penetração no mercado norte-americano que o governo dos EUA tentou promulgar leis protecionistas, visando barrar a gasolina importada da Venezuela (e do Brasil).
Ainda bem que Fernando Henrique não é presidente da Venezuela. Se fosse, chamava um grupo de banqueiros (de preferência falidos) e dividia entre eles a empresa..."
Elias da Costa Ramos (São Paulo, SP)

Sugestão
"Sugiro que os deputados doem seus honorários referentes à sessão extraordinária para votar reeleição, pois os hospitais credenciados pelo SUS não recebem o que lhes é devido desde maio, e os funcionários não receberam o 13º por falta de dinheiro.
Há dificuldade até para comprar remédio, mas o povo tem que pagar os impostos em dia senão é multado."
Cleide Santos Ranieri (São Paulo, SP)

Saúde falida
"Pertinente a posição do presidente FHC de pressionar o Congresso para aprovar o projeto de lei que prevê o ressarcimento do SUS pelas empresas de planos de saúde quando seus usuários forem atendidos por este sistema.
Entretanto, entendo que também deveria ser exigido dos planos de saúde que disponibilizassem aos hospitais seus bancos de dados, de forma que já no atendimento ao paciente o hospital pudesse consultá-los e, amparado na lei, recusar o atendimento pelo SUS, ficando o usuário obrigado a utilizar seu plano de saúde."
Edilvo Mota (Araguari, MG)
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"Gostaria de parabenizar o dr. Giovanni Guido Cerri pelo artigo 'Equívoco na política de saúde' (4/2).
Estamos próximos do ano 2000, há vários avanços tecnológicos na área da saúde, mas a saúde pública brasileira está falida.
A minoria do povo tem acesso a esse avanço tecnológico, enquanto a maioria sofre nas filas dos hospitais.
Os governantes não utilizam o SUS, mas os seus eleitores sim.
Por isso deveriam salvar as inúmeras Santas Casas de Misericórdia que estão falidas."
Hernando Mauro Diógenes de Aquino (Lorena, SP)

Fidelidade partidária
"Gostaríamos de sugerir ao presidente que aproveite o ensejo das reformas para incluir um artigo de extrema importância para a maturidade eleitoral e política deste Brasil: os partidos brasileiros só serão fortes e respeitáveis se houver filosofia partidária de verdade.
Está na hora de moralizarmos nossa política e a fidelidade partidária é um dos princípios básicos para esse início."
Sergio Piva (Maringá, PR)

Só no Brasil
"O governo FHC repassou aos banqueiros, via Proer, cerca de R$ 10 bilhões.
Estes, por sua vez, torram milhões na ajuda a dois clubes de futebol (Corinthians, de São Paulo, e Vitória, de Salvador).
Isso pode, não pode?
Ou só pode porque estamos no Brasil?"
José Moacyr Colpas (Campinas, SP)

Sujeira urbana
"Parabéns pelo artigo 'Novos prefeitos precisam ir a Bahia', de Arnaldo Jabor, pois nele o articulista retrata a mais pura verdade não somente dos moradores da rua, mas principalmente sobre o que pensamos em relação a essas pessoas.
A sociedade hipócrita enxerga somente como sujeira urbana essas pessoas que com certeza possuem grande potencial para nos ensinar a viver melhor."
Luiz Carlos Rogatto (São Caetano do Sul, SP)

Recepção à altura
"Muito nos envaideceu a citação de nossa Fernandópolis no artigo de Hélio Schwartsman (3/2), como sugestão ao presidente FHC para comemorar a reeleição.
A voz rouca das ruas de nossa cidade se transformaria em súditos na recepção ao 'rei' FHC, cuja visita teríamos imenso prazer em receber. E, estejam certos, ele não seria degolado..."
Amélia Rosa Sanfelice Nogueira (Fernandópolis, SP)

Subserviência
"Mais do que oportuna a coluna de Mario Vitor Santos em 9/2, 'Paulo Francis e nós'.
Impressionante a subserviência ainda reinante no jornalismo brasileiro a esse padrão quase totalitário de produzir opinião, fundado numa cultura narcísico-onipotente, no corporativismo mais amesquinhado dos 'amigos da mídia' e numa noção burra de inteligência, já que abstrata e vazia de ética, dúvida metódica e afeto."
Francisco Foot Hardman (São Paulo, SP)

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