São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997
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Grupo mantém família refém em SP

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Cinco pessoas foram presas acusadas de manter um casal de italianos e um bebê de 2 meses como reféns durante 50 minutos.
O crime aconteceu na madrugada de ontem, na casa do empresário italiano Geri de Vettori, 64, na rua Honorato Faustino, Alto de Pinheiros (zona oeste de SP).
Segundo a polícia, os cinco acusados também são suspeitos de terem cometido outros cinco assaltos a casas de Pinheiros durante o Carnaval.
Na casa de um dos presos, o zelador Edvaldo Augusto Clementino, 26, a polícia encontrou diversas jóias, bijuterias, relógios e um aparelho de CD, que teriam sido roubados dessas casas.
O delegado Marco Antonio Olivato, do 14º DP (Pinheiros), deve levar as vítimas de assalto à delegacia hoje para fazer o reconhecimento dos objetivos apreendidos com os acusados.
Além de Clementino, foram presos o desempregado Jammes Eudes Moreira Lima, 24, e os vendedores ambulantes Marcos Vinícius Guimarães de Sá, 18, Magno Pinheiro, 33, e Édson Batista dos Reis.
Lanche De acordo com a polícia, os cinco invadiram a casa por volta das 3h30. Pensando que os donos estivessem viajando, eles teriam aberto a geladeira, comido sanduíches e tomado cerveja antes de assaltar.
O barulho acordou o zelador da casa, Admílson Firmino de Souza, 33, que ligou para a polícia.
Quando os policiais chegaram, os acusados se trancaram em um quarto com o italiano Gianlino Bertacche, 38, sua mulher, Sonia Laghetto, 39, e o filho do casal, Gheri Mario Bertacche, 2 meses.
A negociação com os policiais durou cerca de 50 minutos. Durante todo esse tempo, Gianlino teve uma pistola apontada para sua cabeça. Os acusados só se renderam após Guimarães de Sá telefonar à sua mãe para pedir a presença de um advogado.
Gianlino e Sonia estão no Brasil há dois meses para a adoção de Gheri. Segundo Vettori, eles ficaram assustados com o assalto, "mas a felicidade de adotar o filho, sonho que eles tinham havia dez anos, superou o susto".
A advogada dos presos, Regina Sbrighi, afirmou que eles invadiram a casa porque "estavam bêbados".

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