São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997
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Horário de verão acaba amanhã às 24h

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O horário de verão, que termina amanhã à meia-noite, possibilitou uma redução média de 1% no consumo de energia elétrica nos Estados em que foi implantado, segundo avaliação preliminar do governo.
Na demanda do chamado horário de pico (entre as 17h e as 21h), a economia teria sido de 6%.
À meia-noite de amanhã, os relógios serão atrasados em uma hora, encerrando os 133 dias do horário de verão.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a energia economizada no período é estimada em cerca de 270 gigawatts/hora por mês.
Essa energia seria suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 1,8 milhão de habitantes -população de todo o Distrito Federal, por exemplo.
Se a energia economizada durante os 133 dias de duração do horário de verão tivesse de ser gerada em usinas termoelétricas, seriam consumidos 568 mil barris de petróleo, a um custo total de R$ 13 milhões.
Os dados foram revelados ontem pelo diretor do Dnaee (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica), José Mário Abdo, com base em estimativas das companhias energéticas do Distrito Federal e de 11 Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Bahia e Tocantins, localizados nas regiões Nordeste e Norte, são os únicos Estados que ainda não forneceram seus dados.
Os números definitivos sobre a economia proporcionada serão revelados somente em março, pois uma nova medição de consumo terá de ser feita 14 dias após o final do horário de verão.
São Paulo
São Paulo teve uma redução de demanda no horário de pico de 8,4%, superior à média nacional de 6%. Segundo José Mário Abdo, muitos empresários da região estão "modulando" seu consumo, ou seja, concentrando a produção nos horários em que há menos demanda de energia (com tarifas mais baratas).
O diretor do Dnaee garante que o país não corre risco de enfrentar racionamento de energia, mesmo que o horário de verão não tivesse sido adotado.
Mentalidade
"Temos condições de satisfazer toda a demanda", disse Abdo. Segundo ele, o objetivo maior do horário de verão não é evitar racionamentos a curto prazo, mas criar uma "mentalidade conservacionista e acabar com o desperdício de energia".
O horário de verão começou no dia 6 de outubro e está sendo adotado pela 23ª vez no país (a décima consecutiva).

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