São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997 |
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Prefeitura quer reformar hospital militar
ROGÉRIO GENTILE
A obra seria feita para possibilitar o isolamento acústico do prédio, que fica em frente ao Sambódromo do Anhembi e recebe o barulho das escolas de samba durante o Carnaval. O hospital fica próximo também da pista do aeroporto do Campo de Marte. Apesar disso, a Aeronáutica não vai gastar nada para a instalação do revestimento. O projeto depende da aprovação dos vereadores. O Hospital da Aeronáutica atende aos militares da ativa e da reserva e aos seus dependentes. Tem 50 leitos. Hoje 25 estão ocupados. O hospital faz também as inspeções de saúde periódicas dos aeronautas militares e civis (comandantes, aeromoças etc). Cerca de 80 inspeções por dia. Colégio Militar O vereador José Eduardo Cardozo (PT) afirma que o mérito do projeto, a princípio, justifica a obra. "Mas temos que estudar com cuidado o projeto porque existe o precedente escandaloso do Colégio Militar." Cardozo diz que é preciso verificar se os ruídos dos aviões também incomodam os pacientes. "Sendo assim, o município não deveria custear o projeto sozinho." O Colégio Militar é um projeto da prefeitura que teve de ser alterado por decisão do Tribunal de Contas do Município (TCM). O então prefeito Paulo Maluf pretendia construir um colégio, um centro esportivo e quatro prédios residenciais, que custariam R$ 120 milhões. Os apartamentos seriam utilizados pelos oficiais. O TCM considerou o projeto ilegal e a concorrência foi cancelada. Novo edital foi publicado pela prefeitura retirando os apartamentos do projeto. O custo caiu para R$ 42,8 milhões. Em agosto de 1996, porém, a licitação foi suspensa novamente pela prefeitura, que alegou "conveniência administrativa". Desde então, o projeto não foi retomado, mas no Orçamento de 1997 há uma verba de R$ 4 milhões prevista para o projeto. Texto Anterior: Operação Descida; Ipem apreende lote de camisinhas Próximo Texto: Som incomoda doentes Índice |
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