São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997
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Índice da Bolsa de NY supera 7.000 pontos

CLÁUDIA TREVISAN
DE NOVA YORK

O índice Dow Jones, que mede o movimento da bolsa de Nova York, ultrapassou ontem pela primeira vez a marca dos 7.000 pontos, algo que parecia impensável até o ano passado.
A bolsa de Nova York abriu em alta e, pouco antes das 13h (16h em Brasília), o Dow Jones chegou a 7.000 pontos.
O índice caiu logo depois, mas voltou a subir em seguida. Às 15h17, estava em 7.014,74, com alta de 53,11 pontos.
Anteontem, o Dow Jones subiu 103,52 pontos e fechou a 6.961,63. As ações de empresas de tecnologia lideraram a alta dos últimos dois dias.
O Dow Jones vem crescendo de maneira consistente desde meados do ano passado. Em outubro de 1996, o índice ultrapassou o recorde de 6.000 pontos.
O fato foi amplamente comemorado, mas poucos analistas acreditavam que o crescimento vertiginoso do Dow Jones continuaria. Quatro meses depois, o índice está mil pontos mais alto.
Só em novembro de 96, o Dow Jones cresceu 8,2%, a maior alta em um único mês desde dezembro de 1991.
Exuberância
A alta do Dow Jones levou o presidente do Fed (Federal Reserve Bank), Alan Greenspan, a afirmar, em dezembro, que o mercado acionário vivia uma "exuberância irracional".
A declaração provocou queda das Bolsas em todo o mundo. Havia receio de que ela fosse uma indicação de que o Fed poderia aumentar a taxa de juros.
A política monetária do Fed ficou inalterada e o Dow Jones voltou a subir.
O bom desempenho da Bolsa nova-iorquina é estimulado justamente pela avaliação de que não há motivos para o Fed (o Banco Central dos Estados Unidos) elevar a taxa de juros.
Crescimento
A economia norte-americana está entrando em seu sexto ano de crescimento consecutivo, mas não vêm sendo registradas pressões inflacionárias.
No último trimestre do ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu a surpreendentes 4,7%. Apesar disso, o índice de preços ao consumidor ficou em 0,3% ao mês.
O crescimento do último trimestre do ano passado foi provocado principalmente pelo aumento das exportações.
Para este ano, os analistas acreditam que o PIB vá crescer entre 2,5% e 3,0%.
Não há, portanto, sinais de que a economia possa sofrer um superaquecimento, o que poderia provocar aumento da inflação e, em consequência, da taxa de juros.

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