São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997
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Telebrás passa barreira de R$ 100 na Bolsa

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

As ações da Telebrás finalmente romperam a barreira dos R$ 100,00 por lote de mil ações, esperada pelas Bolsas desde o final do ano passado.
Ontem, Telebrás PN (preferencial, sem direito a voto) fechou a R$ 100,60 por lote de mil, em alta de 3,17%. A ON (ordinária, com direito a voto) subiu 1,57%, para R$ 97,00 o lote de mil.
A escalada da principal ação do mercado acionário do país -somente ontem respondeu por 53,9% dos negócios à vista na Bovespa- puxou a alta dos demais papéis e as Bolsas fecharam, mais uma vez, em alta.
Em São Paulo, o índice Ibovespa chegou a subir 3,01% ao longo do dia, mas pesadas negociações no final da tarde levaram o indicador da Bolsa de Valores paulista para uma queda de 2%. No final, o mercado recuperou-se e o Ibovespa fechou em alta de 1,08%, a 87.649 pontos. No Rio, a alta foi de 1,3%.
Na Bovespa, os negócios atingiram um volume financeiro de R$ 1,161 bilhão, o maior desde 15 de setembro de 1994. Operadores de mercado creditaram o movimento e a forte oscilação do Ibovespa (5,1% entre o máximo e o mínimo alcançado) ao vencimento dos contratos futuros do mesmo índice, na BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros).
A batalha entre os "comprados" (apostam na alta) e os "vendidos" (apostam na baixa) girou, na BM&F, R$ 2,5 bilhões. Mas a guerra mesmo está marcada para a próxima segunda-feira, quando do vencimento dos contratos de opção de compra e venda de ações da Telebrás, na Bovespa.
Neste mês, o Ibovespa acumula alta de 10,05%. No ano, 24,5%. A valorização de Telebrás PN alcança, respectivamente, 10,43% e 25,75%. O ritmo de alta na Bolsa brasileira segue o de Nova York, nos Estados Unidos. A principal Bolsa do mundo bateu ontem um novo recorde histórico de alta, com o índice Dow Jones Industrial passando de sete mil pontos.
Nos EUA, a euforia do mercado acionário tem por trás razões econômicas. No Brasil, pesam ainda questões de cunho político -como a privatização do setor de telefonia e a possibilidade de o presidente FHC concorrer à reeleição, continuando assim a implementação das reformas econômicas e políticas do país, iniciadas com o Plano Real, há quase três anos.

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