São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997 |
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Para Reze, alta é "falta de respeito"
ARTHUR PEREIRA FILHO
"Não há nenhuma justificativa para reajustes desse tipo em uma economia estabilizada", diz Reze. "É uma falta de respeito ao consumidor". "Automóvel não é como tomate, que pode mudar de preço de um dia para o outro. A atividade industrial é previsível", afirma. Segundo o presidente da Fenabrave, as montadoras decidiram aproveitar a atual redução de estoque e a falta de alguns modelos nas concessionárias para aumentar os preços. "As fábricas devem ter chegado à conclusão, equivocada, de que o consumidor está disposto a pagar mais pelo carro", afirma. Com desconto Reze diz que o volume de negócios em janeiro foi bom, mas não há explosão de vendas. Os carros, afirma, continuam sendo negociados com descontos que chegam, em alguns casos, a 12%. Ou seja, os concessionários não conseguirão repassar o aumento para o consumidor e terão de reduzir ainda mais as atuais margens de lucro. Para Reze, a atual queda dos estoques -de 100 mil unidades, em dezembro, para 75 mil, no início de fevereiro- não dura muito. Ela foi possível, conta, por causa das férias coletivas das montadoras e falta de alguns componentes. "A partir do mês que vem as fábricas já anunciam novos recordes de produção. Vão fabricar mais de 8.000 carros por mês", diz. O presidente da Fenabrave prevê que até 15 de março o estoque já estará novamente acima das 80 mil unidades, volume considerado elevado pelo setor. (APF) Texto Anterior: Fiat reajusta automóveis em 0,95% Próximo Texto: Empresas brigam pelo mercado brasileiro de pilhas alcalinas Índice |
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