São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997 |
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Mestiçagem marca feira de arte espanhola
MARIA ALZIRA BRUM LEMOS
A 16ª edição destaca a arte latino-americana. Um seleto público, composto por galeristas, colecionadores e curadores de museus, circulou na quarta e ontem pelos estandes da mostra. A partir de hoje até o dia 18, a Arco estará aberta ao público em geral. Há lugar para quase todo tipo de compradores de arte. As mais de 200 galerias de 30 países oferecem desde um desenho de Picasso até obras acessíveis ao novato sensível e com poucos recursos. A arte latino-americana tem surpreendido o público mostrando uma grande diferença com relação aos estereótipos que a relacionam aos folclorismos. Mestiçagem talvez seja um bom conceito para resumir o espírito desta feira. Circulam pela Arco mais de 50 colecionadores estrangeiros, 500 espanhóis e 20 diretores de museus, todos convidados. Apesar das críticas que a feira tem recebido por parte de alguns galeristas pelo pouco espaço reservado aos latino-americanos, os brasileiros estão otimistas. Consideram a Arco uma grande oportunidade para mostrar a arte brasileira e fazer bons negócios. José Edelstein, galerista do Rio de Janeiro, já havia fechado na manhã de ontem contatos com colecionadores dos EUA, Venezuela e colômbia, entre outros. "A arte brasileira tem qualidade, mas ainda é pouco conhecida. A Arco é uma excelente oportunidade." Marcantonio Vilaça, da Camargo Vilaça, de São Paulo, já havia vendido três obras, repartidas entre museus e coleções privadas. Alguns artistas brasileiros têm recebido ofertas para expor na Espanha. Jackie Lerner e Adriana Varejão já têm mostras acertadas em grandes galerias espanholas. Texto Anterior: NOITE ILUSTRADA Próximo Texto: Nasce filho do cantor Michael Jackson Índice |
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