São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 1997
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Colombiana nega elo com tráfico

DA SUCURSAL DO RIO

A colombiana Mery Valencia, 43, presa pela Polícia Federal, reconhece ter utilizado documento falso para tentar entrar no Brasil no dia 7 de fevereiro. Ela nega, no entanto, ter qualquer relação com o tráfico internacional de drogas. As informações são de seu advogado, o norte-americano Oscar Arroyave.
Arroyave, que recebeu apoio do advogado e ex-governador Nilo Batista em sua estada no Rio, disse que sua cliente tinha documentos falsos para se proteger de ameaças de morte.
Valencia utilizava passaporte colombiano em nome de Luz Mary Vallojo Mena, 40, quando foi presa. Ela não portava drogas e estava acompanhada de sete pessoas, contra as quais não se comprovou qualquer vínculo com o tráfico.
Segundo informações que o FBI (a Polícia Federal dos EUA) prestou à PF, Valencia seria a quinta pessoa na hierarquia do Cartel de Cali e responsável pela negociação de 20 a 25 toneladas de cocaína por ano para os EUA durante seis anos.
O advogado disse que Mery Valencia foi acusada de tráfico internacional por três pessoas presas nos EUA que obtiveram redução de suas penas por a terem acusado.
Valencia teria parentes realmente envolvidos com o tráfico de drogas na Colômbia. As acusações e ameaças contra ela teriam partido de grupos rivais na tentativa de dominar o tráfico colombiano.
Ele diz que Valencia já morou nos EUA há dez anos e que ela tem dois irmãos presos naquele país. "Um deles por envolvimento com drogas", disse.
Arroyave vai defendê-la no processo que deve ir a julgamento em julho, no Colorado, EUA, em que ela é acusada de tráfico de drogas.

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